Agamenon apela ao governo para não repassar dinheiro para o Sintese | F5 News - Sergipe Atualizado

Agamenon apela ao governo para não repassar dinheiro para o Sintese
Dinheiro é descontado do professor e soma R$ 6 milhões, diz vereador
Política 16/06/2014 05h52


Por Joedson Telles

“Se você tiver acesso e puder fazer uma visita nesse comitê eleitoral vai ver a briga interna que está depois das denúncias que o vereador Agamenon fez. Está explodindo lá dentro. É uma briga pelo poder porque todo mundo quer comandar os mais de R$ 6 milhões que esse sindicato arrecada por ano, e ninguém sabe pra onde vai. Eu sei. Já denunciei que tem uma valeta lá dentro chamada valeta 1º de Maio, que é por onde é desviado todo esse dinheiro. Imagine um sindicato que não tem gasto fixo com nada e de repente arrecada R$ 6 milhões por ano e ninguém sabe onde está o dinheiro? É lucro mais do que muitas prefeituras do estado de Sergipe”, diz o vereador Agamenon Sobral (PP) sobre o Sindicato dos Trabalhadores em Educação no Estado de Sergipe (Sintese), nesta entrevista.  O vereador fala ainda do episódio envolvendo ele e a presidente do Sindicato dos Enfermeiros de Sergipe, Flávia Brasileiro, e das eleições 2014.

O senhor tem dito que a fiscalização que vem fazendo incomoda muita gente e isso explica essa reação contra o vereador Agamenon Sobral?

Com certeza. É bom que o povo entenda a função do vereador, que é legislar e fiscalizar. Mediante essa obrigação que o vereador tem que fazer, eu decidi pautar o meu mandato em querer uma saúde de qualidade, uma educação de qualidade e um transporte público de qualidade. O transporte público o prefeito João Alves deu uma guinada quando tirou a VCA e colocou 210 ônibus novos, a Modelo trouxe mais 30 ônibus, a Halley mais 20. Deu uma melhorada, mas está faltando melhorar a mobilidade. Sobrou a educação e a saúde pública. Por isso que a gente vem fazendo as visitas. Entendo que o funcionário público que é pago pelo povo tem obrigação de trabalhar para o povo. Se ele tem obrigação de trabalhar para o povo, que é o povo que paga, e já pagamos impostos caros, eu me senti na obrigação de fiscalizar porque eu sou pago pra isso. A minha função é diferente da do professor, do médico, do enfermeiro: é justamente fiscalizar. A minha função é fiscalizar justamente esses profissionais. Fiscalizar os órgãos públicos e seus funcionários. O que está faltando nos postos e na educação a gente reivindica as suas secretarias, mas o funcionário a gente denuncia porque está havendo uma dificuldade nos órgãos em fiscalizar. Eu na condição de vereador quero uma saúde pública de qualidade, e acho que uma saúde pública de qualidade passa pelo profissional na área médica. Essa é a minha visão.

O senhor sente que a sociedade está entendendo este seu papel ou as críticas de setores, como o Sintese, por exemplo, prevalecem?

Essas categorias estão tentando passar para o povo que essa não é a função de Agamenon. Graças a Deus, o povo na rua vem aderindo ao nosso trabalho porque o povo está vendo que a gente está realmente cumprindo com a nossa obrigação. A prova é que em todas as rádios que eu estou a grande parcela das pessoas que entram para participar é homenageando a gente pelo nosso trabalho. Isso vem mostrar que a gente está no caminho certo.

Sobre o episódio envolvendo a enfermeira Flávia Brasileiro fala-se em comissão de ética. O senhor teme?

Em momento algum foi dito pelo vereador Agamenon o que ela disse. Na verdade, foi armado um circo dentro desta Câmara para poder tomar o mandato do vereador Agamenon. Para você vê como foi armado o circo, ela subiu na tribuna, de imediato quando ela subiu na tribuna desligaram as lâmpadas, a deputada Goretti Reis de imediato apareceu dentro da Câmara Municipal sem ter sido chamada por ninguém. O circo foi montado, só que graças a Deus, como homem público eu tenho a liberdade de chegar aqui no setor pedir a fita e ver que ela está completa, não foi adulterada e o vereador Agamenon não disse o que a presidente do sindicato disse. A revolta dessa presidente é porque eu descobri que ela vendeu o Sindicato dos Enfermeiros a Goretti Reis e agora quer se limpar com a categoria, e não vai ser nas costas de Agamenon que ela vai se limpar com a categoria dela que ela vendeu a então secretária de saúde.

Ela teve conivência de alguém dessa Casa para montar esse circo, ao qual o senhor se refere?

Com certeza. Alguns vereadores apoiaram. O vereador Iran Barbosa e a vereadora Lucimara, que estão contra Agamenon porque fez aquelas denúncias contra a gestão anterior, porque Agamenon pegou no pé do comitê eleitoral Sintese, que foi administrado por Iran, e que na verdade faz toda campanha política do vereador Iran Barbosa e da deputada Ana Lúcia.

O senhor se referiu ao Sintese como uma corja. O que o senhor quis dizer?

Eu falei isso quando uma diretora desse comitê eleitoral invadiu a rádio onde eu estava dando entrevista para denegrir a imagem do vereador Agamenon. Isso quer dizer que eles fazem parte de um grupo fechado e não têm interesse que ninguém tenha acesso e que eles continuem sempre manipulando, tanto é que se você tiver acesso e puder fazer uma visita nesse comitê eleitoral vai ver a briga interna que está depois das denúncias que o vereador Agamenon fez. Está explodindo lá dentro. É uma briga pelo poder porque todo mundo quer comandar os mais de R$ 6 milhões que esse sindicato arrecada por ano, e ninguém sabe pra onde vai. Eu sei. Já denunciei que tem uma valeta lá dentro chamada valeta 1º de Maio, que é por onde é desviado todo esse dinheiro. Imagine um sindicato que não tem gasto fixo com nada e de repente arrecada R$ 6 milhões por ano e ninguém sabe onde está o dinheiro? É lucro mais do que muitas prefeituras do estado de Sergipe. Os R$ 6 milhões entram e desaparecem. Não tem projeto nenhum. Eu faço um desafio. Quero que esse comitê eleitoral diga quando fez uma greve em busca do benefício do alunato. Não tem nenhuma. Todas as greves que fizeram foram em cima de salário. A preocupação é pura e exclusiva financeira. Por que eles não fizeram um projeto e uma greve porque o governador não aderiu a o projeto?

O senhor cobrou uma posição do Governo do Estado sobre o Sintese?

Com certeza. Eu cobrei do Governo do Estado um posicionamento. Não é admissível que ele continue aceitando isso porque o governo, se quiser acabar com isso, acaba. É só parar de repassar para o Sintese. Não desconta do professor, não repassa para o Sintese. Automaticamente, vai fragilizar esse comitê eleitoral, vai moralizar a educação pública, mas o interesse não é real. O professor não sabe o destino do dinheiro dele. Quero aproveitar e dar meus parabéns, mais uma vez, ao professor Wilton, diretor do colégio Médici, que não aderiu à greve juntamente com seu corpo diretivo e os professores. Ele sabe que é uma greve política e já analisou e viu que não há necessidade dessa greve. Ele convidou os professores e não aderiu à greve.

Sobre as eleições 2014, o vereador tem uma definição de quem vai apoiar para o Governo do Estado, Senado?

Até agora, eu não tive conversa política com nenhum candidato, nem estadual, nem federal, nem governador, nem senador. Inclusive até o presidente do meu partido, deputado Venâncio Fonseca, meu amigo, votei nele na eleição passada e espero votar novamente… Mas se eu disser a você que conversei com ele sobre política estarei mentindo. Venâncio é meu amigo e a tendência é que eu apóie sua pré-candidatura porque é do meu partido, é um grande deputado, merece todo respeito, inclusive me considera como pessoa e eu tenho consideração por ele. Mas, se eu disser que já sentei com o deputado Venâncio e conversei sobre política, eu estarei mentindo, como também não conversei com meu amigo deputado federal Laércio Oliveira. Não sentei com ele ainda para conversar sobre política. Em relação a senador e a governador, não conversei com ninguém.

Mesmo o PP hoje fazendo parte do bloco dos irmãos Amorim?

Graças a Deus faço parte de um partido que não pressiona seus comandados, um partido que deixa ter liberdade, tanto é que nosso partido em Brasília apóia a presidente Dilma e aqui em Sergipe o deputado Venâncio é contra o Governo do Estado. Nosso partido é livre e deixa cada um decidir a sua vida. A gente está livre para poder conversar.

Mas já tem algo em mente?

Na verdade, eu estou esperando chegar o recesso para sentar e ver qual lado realmente a gente vai. Vamos ver se nos procuram. Se não nos procurarem, eu irei para as urnas como um eleitor normal e simplesmente não farei campanha política.

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