Por Aline Aragão

Câmara discute venda da folha de pagamento da Prefeitura para a Caixa

Uma das discussões na primeira sessão do semestre na Câmara de vereadores de Aracaju (CMA) foi sobre a venda da folha de pagamento dos servidores para a Caixa Econômica Federal - uma operação que rendeu aos cofres públicos mais de 30 milhões de reais, e uma perda para o Banco do Estado de Sergipe – Banese, que deixa de movimentar cerca de 48 milhões por mês.

A vereadora da oposição Lucimara Passos (PC do B) considera que foi uma atitude irresponsável e que não passa de mais uma ação política na tentativa de enfraquecer o governo do Estado. "É uma ação que coloca em risco um bem, que é um bem do sergipano”, analisa. “Lamento que o prefeito tenha tomado uma atitude que na minha avaliação é irresponsável, porque o Banese produz emprego aqui, gera riqueza aqui, é uma instituição que não pode ser colocada em risco e a atitude da prefeitura promove risco para o Banese”, disse

Já o presidente da Câmara, Vinicius Porto (DEM), afirmou que essa é uma prática comum que já acontece em várias partes do país, e que não é nenhuma novidade. Ao contrário, foi a forma que a Prefeitura encontrou de cumprir os compromissos com o povo sem criar novos tributos.

 “A Caixa comprou a folha e isso não vai onerar em nada, para o funcionário público, muito pelo contrário, vai ser muito bom, pois vão ter novas linhas de crédito, oferecidas pela Caixa Econômica, sem falar que houve um incremento nos cofres da Prefeitura de Aracaju de mais e 30 milhões. Pior se esses 30 milhões saíssem de tributos, de taxas cobradas pela prefeitura ao cidadão aracajuano”, completa.

Porto diz também que foi uma decisão de uma administração moderna, que consegue viabilizar recurso sem aumento de impostos. E que com esse dinheiro, a Prefeitura vai conseguir viabilizar inúmeras obras, entre elas a da Avenida Jucelino Kubitschek, que vai cortar quase toda a cidade de Aracaju, trazendo para os aracajuanos uma melhor mobilidade urbana.

“Nós sabemos das dificuldades que a Prefeitura está passando, dificuldades financeiras, diminuição do FPM, enfim, prometemos à população aracajuana que vamos fazer as obras durante esses quatro anos e para fazermos obras precisamos de recursos que viabilizem essas obras, e é o que está sendo feito”, afirmou o parlamentar.

Foto: Aline Aragão