Déda remaneja secretários e Silvio Santos assume Casa Civil | F5 News - Sergipe Atualizado

Déda remaneja secretários e Silvio Santos assume Casa Civil
Política 23/11/2012 21h31


O governador Marcelo Déda reuniu, nesta sexta-feira 23, no Palácio de Veraneio, todos os secretários que compõem o Governo do Estado. Na pauta, diversos assuntos, dentre eles, as alterações que ocorrerão no secretariado e sobre o Programa de Apoio ao Investimento dos Estados e Distrito Federal (Proinveste).

Déda anunciou que, por conta do tratamento de saúde que vem realizando, o Governo precisa adotar medidas que possam se adequar à situação e facilitar o andamento das ações do Estado. "Será criado um Núcleo de Governança que vai atuar próximo a mim e será formado pelo próprio governador, pelo vice-governador e os secretários de Estado da Casa Civil, do Governo, da Fazenda e do Planejamento, Orçamento e Gestão (Seplag)".

Nesse núcleo haverá três alterações. Na Casa Civil, quem assumirá é Silvio Santos, atual secretário de Estado da Saúde. Na Secretaria de Governo,  quem assumirá é Pedro Lopes, atualmente representando o Governo em Brasília. Na Seplag também haverá mudanças e o perfil de quem assumirá a pasta ainda está sendo avaliado. O atual secretário, Oliveira Júnior, há algum tempo vem expressando a necessidade de deixar a pasta para tratar de assuntos pessoais.

Na ausência do governador Marcelo Déda, o núcleo dará suporte a Jackson Barreto. “Os secretários não saem do Governo, serão remanejados para outras funções”, ressaltou Déda, ao explicar as mudanças.

Conforme o governador, a reunião serviu para passar algumas diretrizes e informar as mudanças do ponto de vista do funcionamento interno do Governo, especialmente no que concerne à área de Gestão do Estado, Política e suporte imediato ao Gabinete do governador a partir de mudanças na estrutura de algumas secretarias.

“As secretarias da Casa Civil, do Governo e da Fazenda ficarão mais próximas do governador e do vice-governador, considerando a situação singular do meu tratamento, que me obriga a ficar afastado do Governo com frequência. Isso vai garantir que haja solução de continuidade e um suporte técnico e político tanto para as decisões do governador, quanto para as decisões de Jackson Barreto”, disse Déda.

Além disso, durante a reunião, Marcelo Déda pediu a unidade. “Mostramos que nosso Governo tem uma grande obra realizada e outra obra mais bela ainda a ser realizada ao longo dos próximos dois anos. E essa obra só será realizada se tivermos a capacidade de ter um Governo falando a mesma língua, com um mesmo objetivo e diretrizes”.

Déda orientou os secretários a buscarem, dentro das suas próprias secretarias, a construção do entendimento e do diálogo, de modo que não ocorram problemas internos e a equipe continue coesa.

Houve um relato a respeito das dificuldades financeiras que o Estado atravessa. A principal síntese é a prioridade que o Governo está dando ao fechamento da folha de pagamento. “Todos receberam orientação no sentido de ajudar ao secretário da Fazenda a consolidar a folha de pagamento”, observou Déda.

Proinveste

“Sergipe não vai parar”. Foi com essa frase que o governador começou a falar do Proinveste. Ele destacou que na possibilidade de não se concretizar a aprovação do Programa, o Governo vai garantir as ações que precisam ser realizadas.

“Considerando que até o momento o Proinveste não foi aprovado pela Assembleia Legislativa, embora o Governo lute pela aprovação, vai iniciar um trabalho de mobilização dos secretários para que possam elaborar um plano B, na hipótese do Proinveste não ser aprovado até o dia 15 de dezembro”, anunciou Déda.

O governador alertou que será necessário fazer ajustes, como a redução de despesas e reanalisar cada investimento do Governo, objetivando redefinir prioridades e estabelecer novas metas para ações governamentais em 2013 e 2014.

Durante a reunião, Déda determinou a elaboração de um expediente aos chefes do Judiciário, do Poder Legislativo e também aos chefes do Ministério Público e do Tribunal de Contas, informando-os que se o Proinveste não for aprovado, o Poder Executivo terá enormes dificuldades para manter determinados compromissos discutidos em reunião conjunta ocorrida há dois meses.

“Estamos com o exercício sendo encerrado, com o orçamento para ser aprovado e, com essa dúvida a respeito da aprovação ou não do Proinveste, eu tenho a responsabilidade e o dever de preparar os Poderes para um ano difícil. Onde o Estado terá imensas dificuldades de agir para além dos limites que o orçamento fixou. Portanto, para que esses Poderes já preparem seu planejamento para um ano difícil. Talvez o mais difícil dos últimos seis anos, do ponto de vista do Executivo ajudar, colaborar e compartilhar responsabilidades com os demais Poderes republicanos e órgãos autônomos. Portanto é um momento de dificuldades e nós esperamos que todos compreendam”, explicou Déda.

Plano B

O governador Marcelo Déda assegurou que não vai acontecer do Governo ficar sem alternativa para uma possível derrota do Proinveste. “Já determinei aos secretários para elaborarem o plano B, localizar todas as fontes de financiamentos disponíveis para, assim, preparar uma agenda específica que terei com a presidenta da República, Dilma Rousseff. Examinarei cada obra que eu tenha aprovado. Dessa forma, vou rediscutir e focar em prioridades absolutas àquelas obras indispensáveis. Nosso compromisso é que não deixaremos o Estado parar”.

Os prejuízos com a não aprovação do Proinveste vai repercutir durante uma década e não apenas nessa gestão, mas também na economia sergipana, no comércio, na indústria, na geração de emprego, no desenvolvimento social e econômico.

“É nosso dever tentar reduzir o impacto desse prejuízo. Vamos rever todos os programas e projetos e vamos escrever um novo Plano de Investimentos, menor do que nós tínhamos desenhado com o Proinveste, porque só vamos poder contar com aqueles recursos que já estão previstos no caixa do Governo. O prejuízo com a derrota do Proinveste não pode ser consertado, pois vamos perder competitividade com Alagoas, Bahia e Pernambuco, o Nordeste como um todo. Mas vamos nos esforçar para que Sergipe não pare, e o Estado tenha serviços e obras a realizar”, analisou Marcelo Déda.

Para o vice-governador, Jackson Barreto, a reunião foi importante nessa nova fase do Governo. “Como disse o governador, temos que adaptar o Governo ao tratamento de sua saúde, sem que percamos os compromissos e o projeto de unidade desse grupo. Nosso projeto e responsabilidade é com a população sergipana.

Jackson fez questão de destacar que o Governo de Sergipe possui projetos e que não vai ficar reféns de quem quer que seja. “Foi uma reunião encorajadora e que discutiu, acima de tudo, as ações do Governo dentro das alterações administrativas. É um caminho a ser trilhado. Torço que dê tudo certo. O governador demonstrou capacidade de raciocínio e de brava resistência do ponto de vista de sua saúde. Ele fortaleceu a equipe nas ações políticas e administrativas”.

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