Eleições 2014: Confira a entrevista com o candidato Airton da CGTB | F5 News - Sergipe Atualizado

Eleições 2014: Confira a entrevista com o candidato Airton da CGTB
Política 15/09/2014 04h00


Durante esta semana o Portal F5 News abre espaço para os candidatos que disputam o Governo do Estado de Sergipe e passa a publicar uma série de entrevistas onde serão expostos os projetos e posicionamentos de cada um dos cinco nomes que participam do pleito. Todos foram convidados a responder aos mesmos questionamentos, formulados pelos jornalistas do portal, cujos nomes seguem ao fim da respectiva pergunta.

O primeiro entrevistado é o candidato Airton Costa Santos (PPL). Ele nasceu no Rio de Janeiro, em 07 de janeiro de 1963. Atualmente, exerce a função de comerciante, é dirigente nacional do Partido Pátria Livre (PPL), além de ser um dos coordenadores da Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB). Desde que ingressou na universidade, Airton se envolveu com questões de ordem política e partidária e, aos 51 anos, decidiu concorrer pela primeira vez a um cargo político, candidatando-se ao Governo do Estado de Sergipe. Confira a entrevista com o candidato:

Contas que não fecham, falta de dinheiro em caixa e previdência para pagar são questões financeiras que colocam muitos gestores em situação complicada. Se eleito, como irá administrar estas situações, a Lei de Responsabilidade Fiscal, Lei de Acesso à Informação e a Regularidade com as contribuições previdenciárias? E o que fazer para melhorar a qualidade do gasto público sem prejuízo da produção e fiscalização legislativa? (Por Aline Aragão)

AS: No meu governo, vamos industrializar o Estado através da indústria do petróleo, fazendo uma parceria com Petrobras, atraindo indústria de máquinas e equipamentos para explorar esse petróleo que o Estado possui. Recentemente, foram descobertos na nossa costa cerca de 3 bilhões de barris de petróleo. Se calcularmos em cem dólares o barril, teremos 300 bilhões de dólares, ou seja, 20 vezes o PIB de Sergipe. Pretendo criar mais de 100 mil empregos diretos e 200 mil indiretos, garantindo com isso recursos para que o Estado possa investir na saúde, educação, mobilidade urbana e segurança, e pagar todas as suas obrigações, inclusive nossa Previdência. Com a Lei de Responsabilidade Fiscal, fica difícil o gestor investir nos serviços públicos, por isso a industrialização é o caminho para crescer Sergipe, basta tomar como exemplo os Estados do Rio de Janeiro, Bahia e Espírito Santo.  

Se eleito, como vai trabalhar a Educação, com tantos problemas sistêmicos, desde estrutura física, passando por acesso, merenda, relações trabalhistas, relação com a comunidade à violência, dentro e fora da escola?  (Por Elisângela Valença)

AS: A educação é um importante instrumento de inclusão social. Pretendo criar a escola de tempo integral, passe livre para os estudantes, criar a universidade estadual de Sergipe, com ênfase aos Cursos de Engenharia, Medicina, Tecnologia e Licenciaturas. Para formar mão de obra especializada para atuar nesse imenso parque industrial que vai nascer, teremos que revolucionar nosso ensino criando o piso estadual dos professores acima 20% do piso nacional. Pode ser feito, é só ter vontade política de querer fazer. 

Durante o período eleitoral, a saúde é o principal foco dos candidatos. No entanto, mesmo com a alternância de gestores, é notório que o Sistema Público de Saúde não oferece atendimento de qualidade. Inclusive, ações civis públicas do Ministério Público contra o Estado são constantes. Como resolver estes problemas? E quais as propostas de políticas públicas para prevenção de doenças que nem sempre recebem a devida atenção, como os problemas psiquiátricos, a exemplo da depressão que atinge 10% da população brasileira, mas a saúde pública não consegue diagnosticar?  (Por Fernanda Araujo)

AS: Todos os serviços públicos estão na UTI. No meu governo, vamos implementar o Programa Médico da Família em 100% do Estado. Temos que combater as doenças no começo e não quando estão no estágio avançado. Reformar e fortalecer os hospitais regionais, equipando, contratando médicos e adquirindo remédios para os doentes que procurar a unidade de saúde; modernizar o Samu e programar as consultas e exames para ter condições de atender toda a população com rapidez e eficiência. 

O que Sergipe pode esperar de um possível governo seu, no tocante à cultura nociva de se deixar pessoas qualificadas sem emprego, mas abrigar em CCs cabos eleitorais, que, na maioria das vezes, recebem mais que servidores concursados? (Por Joedson Telles)

AS: Precisamos moralizar a coisa pública. Vamos contratar através de concurso público e trazer pessoas competentes para as áreas que o Estado precisa.  Vamos dar vez aos jovens talentos. 

Sergipe é um estado conhecido não apenas por suas belezas naturais, mas também pela sua riqueza cultural. Como o(a) senhor(a) acha que é possível fomentar e difundir a cultura sergipana, que é tão rica?  (Por Lays Millena)

AS: Daremos prioridades aos artistas da terra nos eventos do Estado, fortalecendo as festas tradicionais e divulgando nossa cultura para outros estados, fortalecendo o Conselho de Cultura estadual. 

Como pretende diminuir o avanço da criminalidade, que se tornou tão avassaladora nos últimos anos no estado? Quais os mecanismos essenciais para uma melhor ação de combate ao crime? (Por Marcio Rocha)

AS: Nossa segurança está falida. Precisamos reviver a polícia comunitária, aumentando o efetivo de polícias, combatendo o desvio de funções e reformar e aparelhar as delegacias do interior, construir um plano de cargos e salários para todas as categorias da segurança pública. Vamos construir um pacto pela vida, fortalecendo as Delegacias da Mulher, onde combateremos os crimes contra as mulheres que no estado crescem a cada dia. 

Sergipe tem poucas áreas remanescentes de mata atlântica; em Aracaju, arborização e áreas verdes são escassas, sobretudo na periferia, e até hoje coleta seletiva de lixo não é uma realidade. Quais as suas propostas para aumentar a qualidade ambiental no estado?  (Por Mônica Pinto)

AS: O meio ambiente precisa passar por verdadeiro choque de gestão. Hoje no Estado não tem uma política ambiental. Precisamos combater a devastação ambiental causada pelas grandes construtoras que há anos degradam nossos ecossistemas.  Vamos realizar projetos criativos e inovadores para mudar a cara de nosso estado. 

A compra de voto é silenciosa e,  mesmo sendo crime eleitoral, infelizmente continua a acontecer. Como combater essa ação? Quais as maiores dificuldades que o Ministério Público Federal encontrará para coibir este tipo de crime nestas eleições? De que forma pretende atuar com transparência em seu governo, caso seja eleito? (por Tiffany Tavares)

AS: Sou contra qualquer favorecimento para se obter vantagem e vantagem eleitoral.  Precisamos fiscalizar com rigor. Todas as eleições é a mesma coisa, se fala em compra de votos e ninguém faz nada. Sou a favor do financiamento público de campanha para democratizar o processo.

 

Nesta terça-feira (16), leia a entrevista com o candidato do PTN, Betinho.

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