Em protesto, professores invadem Câmara de Vereadores de Lagarto | F5 News - Sergipe Atualizado

Em protesto, professores invadem Câmara de Vereadores de Lagarto
A greve dos professores da rede municipal já dura quase 90 dias
Política 11/08/2015 16h20


Da Redação

Em greve desde o dia 18 de maio, os professores da rede municipal de ensino da cidade de Lagarto, região Centro Sul de Sergipe, ocuparam, na manhã desta terça-feira (11), a Câmara de Vereadores para impedir que os parlamentares votassem um Projeto de Lei que reduz salários e gratificações dos professores.

Segundo o professor Nazon Barbosa, que é coordenador da Subsede do Sindicato dos Trabalhadores em Educação no Estado de Sergipe (Sintese), os professores estavam realizando um ato com estudantes nas ruas do município, quando souberam da movimentação na Câmara. “Fomos informados de que o prefeito havia feito uma manobra com a presidente da casa para votar um projeto que nem estava na pauta, tudo para prejudicar ainda mais os professores”, lamentou Barbosa.

Diante da informação, os professores lotaram a princípio a galeria, mas quando a presidente da Câmara anunciou a votação do projeto, eles invadiram o plenário, impedindo que ela acontecesse. Houve um grande tumulto, a sessão foi suspensa por um tempo - e a presidente teve que chamar a Guarda Municipal. Em seguida, a presidente Maria Nascimento tentou, sem sucesso, retomar a sessão. Segundo Nazon, insatisfeita com a situação, a presidente pegou o microfone e disse que o projeto estava aprovado.

“Com todo o tumulto não teve como ouvir o voto dos vereadores, essa votação não deve valer, e mesmo se ela querendo, não teria como aprovar, já que eram quatro a favor, e seis contra. Mesmo assim já acionamos o jurídico para que essa situação seja esclarecida e que a votação não tenha validade”, explicou.Os professore continuarão acampados na câmara até a próxima quinta-feira (13), quando haverá uma nova sessão.

Na quarta-feira (12), o Ministério Público de Lagarto convocou para audiência a comissão de negociação do SINTESE e a prefeitura do município. “Nós vamos e esperamos que alguém da prefeitura compareça, a greve não é boa para ninguém, mas não podemos abrir mão dos nossos direitos”, disse.

O Tribunal de Justiça de Sergipe decretou ilegal a greve dos professore de Lagarto, no entanto, o SINTESE ainda não foi notificado sobre a decisão. “Nossa greve é legítima, pois é uma greve por direitos. Estamos nos mantendo firmes na luta, o que reivindicamos é que prefeitura cumpra a Lei, dê condições dignas de trabalho aos professores, respeite os estudantes e a educação municipal”, afirma o professor Nazon Barbosa. 

Reivindicação dos professores

De acordo com o Sintese o prefeito de Lagarto, Lila Fraga, não cumpre há dois anos (2014 e 2015) a Lei Federal 11.738/2008, que estabelece pagamento e reajuste do piso salarial dos professores da rede pública. De acordo com a Lei, o piso deve ser reajusto anualmente, sempre no mês de janeiro.

Além de terem seu direito negado, os professores de Lagarto ainda são submetidos a precárias condições de trabalho, em escolas que não oferecem estrutura adequada e materiais necessários para a promoção do ensino e aprendizagem. A má qualidade da alimentação e do transporte escolar também marcam a educação do município.

Em assembleia realizada ontem (10), os professores deliberaram pala manutenção da greve por tempo indeterminado.

 

*Com informações do Sintese

Foto: Portal Lagartense

Vídeos: reprodução Portal Lagartense

 

 

 

 

 

 

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