Gilmar pede respeito e irrita Gualberto
“Não vou ouvir calado. Fale a verdade", reclama deputado petista Política 05/12/2012 14h46Por Joedson Telles
Após ouvir as declarações do deputado Francisco Gualberto (PT), que acusou o senador Eduardo Amorim (PSC) de orientar os deputados estaduais a derrubar o Proinveste, nesta quarta-feira 5, o deputado estadual do PR, Gilmar Carvalho (foto), solicitou um ‘pela ordem’ para responder ao colega, durante a sessão. No momento em que iniciou sua fala e disse ao parlamentar petista que ele precisaria respeitar os colegas de parlamento, porém, Gilmar foi interrompido por Gualberto, que mesmo sem estar com a palavra, bradou. “Diga onde está o desrespeito?”
Lembrado pela presidente da Casa, deputada Angélica Guimarães (PSC), que a palavra estava com o deputado Gilmar, Gualberto prosseguiu. “Acusação vaga aqui, não aceito. A senhora conduza. Peça que ele retire a frase. Não desrespeitei ele. Ele não pode afirmar que eu o desrespeitei, sem eu desrespeitar e a senhora calada ouvindo. Não vou ouvir calado. Fale a verdade”, disse Gualberto, visivelmente irritado .
Gilmar Carvalho, por sua vez, observou que ouviu o colega calado e que não é mentiroso. “Quando eu disse que o deputado Gualberto, meu companheiro de parlamento, meu amigo, meu irmão, que aprendemos a nos conhecer nesta casa, precisa respeitar os companheiros não disse que vossa excelência quis desrespeitar. Mas estou afirmando que desrespeitou. E vou dizer como”, prometeu Gilmar, sendo interrompido outra vez. “Não é verdade. Eu não aceito”, bradou pela segunda vez Gualberto. A presidente, mais uma vez, lembrou ao parlamentar que a palavra estava com Gilmar Carvalho, e solicitou que o som do microfone de Gualberto fosse cortado.
Mesmo sem o microfone aberto, Gualberto, que a esta altura já estava de pé, advertiu Gilmar Carvalho para falar a verdade. “Conclua falando a verdade, porque se não eu não vou deixar. A meu respeito, não”, insistia, mesmo com os apelos da presidenta para que ele tivesse calma. “Desrespeitar? Quem é você? Robô de Amorim?”, indagou Gualberto, tentando se aproximar de Gilmar Carvalho, mas sendo contido por deputados que estavam entre os dois parlamentares.
Quando, finalmente, Gilmar conseguiu voltar a falar, afirmou para Gualberto que não reza pela missa de Amorim. “Vossa excelência diz que não deve nada a Amorim. Eu também não. Comecei levando feira de madames na frente do G.barbosa, em Itabaiana. E cheguei aqui (Alese) vendendo picolé no presidente Médici (estádio de futebol de Itabaiana). Não cheguei pelas mãos de Amorim. Como não rezei a missa de João. De Almeida Lima (Gilmar trabalhou nas rádios dos dois políticos). Só faço o que minha consciência determina”, disse.
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