Por Joedson Telles

Gualberto critica Gilmar Carvalho e aponta ilegalidade em requerimento

Nesta quarta-feira 16, o líder do Governo do Estado na Assembleia Legislativa, o deputado estadual Francisco Gualberto (PT), bateu no fígado do também deputado estadual Gilmar Carvalho (SDD), como forma de ser solidário ao deputado governista Gustinho Ribeiro (PSD) que, na manhã de hoje, foi alvo de anarquias no Programa Jornal da Ilha, ancorado pelo radialista e deputado Gilmar Carvalho, na Ilha FM. Além de colocar em xeque a ética de Gilmar, Gualberto assegurou que o requerimento solicitando cópia da folha de pagamento da Secretaria de Saúde, apesar de aprovado ontem, não será cumprido por não ter amparo legal. De autoria de Gilmar, o requerimento, aliás, foi a senha para toda a polêmica envolvendo Gustinho, que equivocadamente votou favorável à sua aprovação, mas, posteriormente, votou contra.          

“Quero trazer minha solidariedade em nome da nossa bancada ao deputado Gustinho Ribeiro. Ontem nesta Casa teve uma votação de um requerimento do deputado Gilmar Carvalho e todos viram que no momento da votação o deputado Gustinho equivocou-se, e ao invés de dizem não, ele disse sim. Acontece que esse expediente é normal nesta Casa e rotineiro, tanto assim é que o regimento da Casa diz que até que seja anunciado o resultado final de qualquer votação, qualquer deputado pode alterar o seu voto. Exatamente para garantir que o equívoco possa ser reparado”, introduziu Gualberto para em seguida entrar no mérito Gilmar.

Gualberto observou que durante o seu programa, Gilmar Carvalho patrocinou o que ele definiu como achincalho a imagem do deputado Gustinho Ribeiro. “Teve a musica lepo-lepo, chegou a ser dito para o deputado ter cuidado porque de repente podem colocar um projeto a favor do estupro e ele votar a favor. Quero dizer que criticar uma ação de qualquer um é normal, discordar é normal, mas desmoralizar o parlamentar não é normal. Deputado Gilmar procurou desmoralizar essa Casa parlamentar, porque no momento que ele passa a ideia de que se  aqui vier um projeto a favor do estupro tem um deputado que vota a favor, ele está desmoralizando a Alese. É por esse e outras que muita gente que faz política para aparecer desmoraliza a classe política”, disse.

Ainda segundo Gualberto, houve por parte de Gilmar a tentativa de passar a ideia de que o voto de Gustinho teria sido contra o governo – a favor do requerimento. “O regimento foi garantido, o voto de vossa excelência foi pela bancada que disse não, e quem desempatou o placar foi a presidente da Casa usando o regimento da Casa, que no caso de empate ela tem o direito de desempatar para o lado que ela queira. Como é do grupo de Gilmar ela desempatou a favor dele. Foi uma infelicidade tão grande do deputado Gilmar Carvalho, que ele já fez a mesma coisa que aconteceu com vossa excelência. Ele, numa votação aqui da outra vez que estava no mandato, ele errou , e quem achincalhou Gilmar Carvalho aqui? Quem foi para emissora de rádio colocar lepo-lepo e dizer que Gilmar ganhou pra Jackson com voto de Gustinho Ribeiro?”, indagou . 

De acordo com Gualberto, Gilmar passou a ideia de querer aparecer, de querer ser o ‘sabidão’. E que a Assembleia Legislativa é uma Casa de incompetentes. “É diferente ter posição de ser incompetente. Gilmar Carvalho anunciou que ganhou de Jackson e o requerimento dele não pode ser cumprido pelo Governo do Estado. Portanto, Gilmar ganhou, mas não leva, perdeu. Esse requerimento é ilegal. O governo não pode expor a remuneração de nenhum servidor de forma pública para atender um requerimento. Tanto não pode, que quando acontece uma nomeação e é registrado no Diário Oficial, sai o nome da pessoa e a simbologia do cargo. Se o governador Jackson Barreto atender esse requerimento ele será conivente com o crime. Eu não tenho os microfones da Rádio Ilha eleitoral, mas tenho essa tribuna. O requerimento dele não vai ser atendido. Triste de quem pensar de que ao desmoralizar qualquer parlamentar está desmoralizando só o parlamentar. Está atacando o Poder Legislativo”, finalizou. Gilmar não esteve presente à sessão.