Machado pede compreensão e justifica atraso: “Só se paga com dinheiro”
Política 31/07/2015 12h06Por Will Rodrigues e Fernanda Araujo
O vice-prefeito de Aracaju, José Carlos Machado (PSDB), pediu compreensão aos servidores municipais que vão receber o salário do mês de julho atrasado. Segundo Machado, a medida não é novidade e vem sendo adotada em função da queda na arrecadação do Município. De acordo com informações da Prefeitura, a folha de pagamento dos 15.704 servidores municipais custa, atualmente, cerca de 40 milhões ao mês. A assessoria tinha confirmado a presença do prefeito João Alves Filho (DEM) na solenidade realizada nesta sexta-feira (31), mas ele não compareceu.
“A Prefeitura não dispunha de recursos para pagar a todos hoje. Os servidores da administração indireta sempre receberam uma semana depois dos servidores da administração direta. Não há novidade nenhuma com relação a isso. Bom seria se eles recebessem no dia 25, mas a questão é de caixa. O repasse do Governo Federal tem caído a cada mês. A crise afeta diretamente a arrecadação de impostos e os Municípios são os entes federados que mais sofrem”, argumentou Machado, em entrevista a F5 News.
O vice-prefeito disse ainda que é possível que a situação se repita nos próximos meses. Para Machado, um novo pacto federativo, revisando os valores repassados aos Estados e Municípios, pode ser a solução para o problema enfrentado pelas prefeituras com a queda das receitas.
“Dois terços dos recursos arrecadados no país estão nas mãos do Governo Federal, um terço é por conta dos governos estaduais e os municipais. Está se apostando no pacto federativo, se acontecer essa revisão nos moldes que se espera, alguma coisa boa pode acontecer. Ontem (30), todos os governadores estavam reclamando durante a reunião com a presidente Dilma. O governo de São Paulo estava reclamando de dificuldade, imagine os pobres Estados do Nordeste, Centro Oeste e Norte”, observou Machado.
Ele reforçou que os servidores precisam de paciência e compreensão e garantiu que a Prefeitura está empenhada em resolver a questão. “São os mais pobres, que recebem baixos salários, que mais pagam pela crise. É uma coisa complicada, mas o servidor municipal pode ficar absolutamente convencido de que todo o esforço está sendo feito. Se a folha não foi paga na totalidade, foi porque não havia caixa. É ter um pouco de paciência”, finalizou.
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