“Oposição pagará um preço eleitoral se não aprovar o Proinveste” | F5 News - Sergipe Atualizado

“Oposição pagará um preço eleitoral se não aprovar o Proinveste”
Alerta é do novo secretário da Casa Civil, Silvio Santos
Política 24/11/2012 12h17


Por Joedson Telles

Ao ser remanejado pelo governador Marcelo Déda (PT), da Secretaria de Saúde para a Casa Civil, o ex-vice-prefeito de Aracaju, Silvio Santos, levou na mala, ente outras coisas, a tarefa de tentar persuadir os deputados estaduais da oposição da importância de aprovar o Proinveste. Mais próximo, agora, do governador e dos parlamentares do que quando era secretário de Saúde, ao passar a fazer parte do chamado “Núcleo de Governança", Silvio Santos estará no posto estratégico para dar sua contribuição para que Sergipe não deixe de obter o empréstimo de R$ 727 milhões junto ao Governo Federal. O veto da Assembleia Legislativa à transação financeira, acredita Silvio Santos, será uma tragédia não apenas para Sergipe, que não terá os investimos, mas também para os deputados, que serão responsabilizados por isso. “Eu acho que a oposição pagará um preço imenso se não aprovar o Proinveste”, acredita.

O que o governador Marcelo Déda espera com a sua ida para a Casa Civil?

O governador decidiu modificar a estrutura do seu governo, criando o que ele próprio chamou de "Núcleo de Governança". Ou seja, a Casa Civil, a Secretaria de Governo, a Sefaz e a Seplag serão as secretarias que comporão esse núcleo para auxiliar mais de perto as diretrizes do governo e encaminhar, organizar e executar essas decisões junto às demais secretarias e órgãos governamentais. Para isso, o governador Marcelo Déda, em comum acordo com o vice governador Jackson Barreto, resolveu trazer para estas secretarias perfis que se ajustassem melhor a essa conjuntura, sem nenhum demérito aos atuais ocupantes destas pastas.

O senhor tentará conversar com os deputados, para convencê-los a aprovar o Proinveste?

Claro. Isso eu já faço, hoje. Mantenho boas relações com todos os deputados. Governistas e de oposição. Naturalmente que como secretário chefe da Casa Civil terei uma relação com o parlamento mais estreita ainda até por dever de ofício.

Qual a avaliação do senhor sobre a sua passagem pela Secretaria de Estado da Saúde?

Assumimos a Saúde num momento muito difícil. O quase completo desabastecimento com consequências importantes na assistência e num momento de queda nas receitas do Estado, o que agravou a repactuação com os nossos fornecedores e prestadores bem como a consolidação da rede hospitalar no interior. Mesmo assim, com menos dinheiro nós resolvemos a questão da superlotação da Maternidade Nossa Senhora de Lourdes contratando novas vagas de UT junto ao Santa Isabel e retomamos e concluímos, em 45 dias, as obras da Maternidade de Socorro nos possibilitando mais algo em torno de 400 partos mês. Concluímos em três meses o Plano de Carreira dos celetistas da Fundação, algo que vinha se arrastando a mais de dois anos. Restabelecemos as escalas médicas e reequipamos os hospitais de Lagarto, Itabaiana, e iniciamos um trabalho de reorganização do fluxo do HUSE, realizando um mutirão para acabar com a fila da ortopedia, e planejando melhor o fluxo da área azul. Paralelo a tudo isso, iniciamos um ajuste nas Fundações e estamos concluindo um trabalho de redimensionamento da nossa rede, cujo objetivo é deixá-la do tamanho do nosso potencial financeiro e prestar um serviço de melhor qualidade. Em outras palavras: substituir quantidade por qualidade. Hoje temos um serviço amplo mais de baixa qualidade. O ideal é reduzirmos essa amplitude, oferecermos melhores condições e atender com mais qualidade.

O senhor acredita que a oposição pode pagar caro, , diante da sociedade, caso não aprove o Proinveste?

Eu acho que a oposição pagará um preço imenso se não aprovar o Proinveste. Se não o preço eleitoral já em 2014, mas certamente, logo depois quando se descobrir que Sergipe poderia com esse empréstimo recuperar as perdas oriundas da crise de receitas, que afetam os estados brasileiros e se preparar para o futuro de forma mais robusta. O mundo lá fora, principalmente, a Europa vive uma crise sem precedentes e sem previsão de fim. Até quando o Brasil suportará, sendo essa ilha de políticas bem sucedidas? Perdurando essa crise conforme se prenuncia como os estados vão sobreviver no futuro? Quando teremos outra oportunidade de recursos que possam garantir uma melhor infra-estrutura para Sergipe além de nos oferecer uma chance de reestruturar nossa dívida? Quer dizer, vamos perder uma oportunidade dessas por interesses eleitoreiros? É uma temeridade e certamente quem deu causa a isso será cobrado.

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