Prefeitos de Socorro e Itabaiana anunciam cortes nos próprios salários
Outras medidas para redução de gastos serão adotadas nos municípios Política 15/09/2015 12h20Por Will Rodrigues
Os prefeitos de dois grandes municípios sergipanos, Nossa Senhora do Socorro e Itabaiana, vão cortar na própria carne e adotarão medidas para contenção de despesas. Os cortes foram motivados pelo agravamento da crise econômica que afeta o país. Este mês, as cidades sergipanas receberam R$ 20,8 milhões a menos do Fundo de Participação dos Municípios (FPM), uma queda de 38% em relação ao ano passado.
O prefeito de Socorro, Fábio Henrique (PDT), Informou o corte de 20% nos salários de prefeito, vice-prefeito, secretários e secretários adjuntos; redução no número de secretarias; redução de 30% dos cargos comissionados; redução de 30% no consumo de combustível; suspensão de festas e eventos realizados ou apoiados pelo município, além da diminuição de gratificações.
“Temos que ser criativos e tentar penalizar o mínimo a população. Entendo que esse é um momento passageiro”, disse Fábio Henrique, acrescentando que a meta é equilibrar as contas do município. “Todas essas medidas têm o objetivo de manter em dia os salários dos servidores e manter os serviços públicos para a população”, destacou o prefeito.
Já em Itabaiana, no Agreste do Estado, o prefeito Valmir de Francisquinho (PR) terá seu salário cortado pela metade. Atualmente ele recebia R$ 26,6 mil, considerado o maior salário entre os prefeitos sergipanos, conforme dados do Tribunal de Contas do Estado de Sergipe (TCE), divulgados no último final semana pelo Jornal da Cidade.Em entrevista a Rádio 103 FM, na manhã de hoje (15), Valmir também informou que vai reduzir a quantidade de cargos comissionados, além dos salários dos secretários municipais e da vice-prefeita.
“Não ganho um real a mais ou a menos do que foi estabelecido em lei, obedecendo a Constituição Federal. Tenho minha consciência tranquila que faço jus ao salário que recebo, pois a população de Itabaiana sabe que trabalho dia e noite, de domingo a domingo, para tirar o município do caos que encontrei. Obras paradas, salários atrasados e a prefeitura num total descrédito com a população e o nosso comércio. Hoje, o nosso povo sabe que a realidade é bem diferente", afirmou Valmir de Francisquinho.
*Com informações da Assessoria de Comunicação de Socorro
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