Preocupação com uma volta de João ao poder é foco de assembleia do PT
Rogério diz que João representa o atraso e pensa que é dono do poder Política 26/02/2012 19h51Por Joedson Telles
O ex-governador João Alves Filho (DEM) foi o principal foco da reunião, “com cara” de assembleia, realizada pelo Partido dos Trabalhadores, na última sexta-feira 24, à noite, no auditório do Sindicado dos Bancários, quando a maioria dos presentes optou por decidir o nome do partido a disputar a Prefeitura de Aracaju através das chamadas prévias – quando a vontade dos filiados aponta o candidato. Num discurso inflamado, o deputado federal Rogério Carvalho, tido como o favorito da legenda para disputar as eleições, expressou o sentimento de rejeição ao ex-governador que os petistas pretendem levar às ruas de Aracaju para tentar impedir que o favoritismo de João, espelhado hoje nas pesquisas, possa ser perpassado às urnas.
Segundo Rogério Carvalho, o discurso teve o objetivo de mostrar a militância o que está em jogo. “O que está em jogo é a história de um novo país que está sendo construindo pelo governo Lula, Dilma, Marcelo Déda... por todos aqueles que apostaram na mudança política do Brasil”, avaliou, observando que João Alves foi um prefeito biônico, e não eleito. “Ele foi indicado pela ditadura. Portanto, começou a vida política pelas mãos de um regime totalitário que é a vergonha do Brasil. Nós temos um contraste muito forte para mostrar a sociedade sergipana e aracajuana. Ele é do tempo da ditadura. Nós somos do tempo da democracia. Precisamos de dirigentes de quadros políticos quem pensem no país que vai viver a democracia plena, que vai se utilizar dos instrumentos democráticos. Isso é democracia. Aqueles que são herdeiros de um regime autoritário não vão conseguir entender este momento. Só isso já mostra a diferença das candidaturas do PT e a do atraso, representada pelo ex-governador João Alves Filho.”
Convidado a analisar o que significaria uma volta do ex-governador João Alves Filho ao poder, o deputado Rogério Carvalho salientou que João disse que ele, Rogério, era empregado do governador Marcelo Déda (PT), o que mostra o sentimento que nutre em relação aos representantes do povo na vida política. “A compreensão que ele tem de democracia. A compreensão de Estado é que ele é o dono do Estado, que ele vai ser patrão, ao chegar no Estado, e não servidor público a serviço do povo de Sergipe. Eu fiz a correção que não fui empregado: fui secretário do governador e do prefeito Marcelo Déda, a serviço do povo. Empregado do povo e não do governador ou do prefeito. Essa é uma diferença central na compreensão do papel do Estado”, avaliou.
Rogério disse, por fim, que o objetivo do seu grupo não é fazer comparações, mas fazer com que as pessoas escolham “aquilo que vai dialogar com seus sentimentos. Com as suas necessidades, que dê mais conforto. As pessoas precisam ter governos de dirigentes que interajam, que sejam parte delas, e não ser a parte que manda, que é dono, que comanda. As pessoas precisam ter alguém que lidera, que comanda, que coordena um pensamento médio da sociedade rumo a um processo mais civilizatório, humanitário”, afirmou, concordando com o líder do governo Déda na Assembleia Legislativa, o deputado Francisco Gualberto, que disse que, enquanto o PT pensa no coletivo, João Alves governa para a família. “O deputado tem razão quando diz que o PT governa para todos e o atraso governa para os seus, para sua corriola, para aqueles que mantêm você no poder. Aí não tem democracia”, acredita.
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