Subvenções: Justiça Eleitoral ouve mais uma testemunha referida
MPF solicitou depoimento do professor Augifranco, de Lagarto Política 26/08/2015 10h16Por Fernanda Araujo
Dando prosseguimento aos casos das subvenções, o professor Augifranco Patrick de Vasconcelos, que chegou a ser preso no final de julho, na mesma operação que prendeu o ex-deputado Mundinho da Comase, presta depoimento em sigilo, na manhã desta quarta-feira (26), no Tribunal Regional Eleitoral de Sergipe (TRE/SE).
Augifranco, única testemunha a ser ouvida hoje, chegou para prestar depoimento, mas não falou com a imprensa. O juiz Fernando Escrivani Stefaniu (foto), relator do processo, concedeu entrevista coletiva minutos antes e explicou que o depoimento foi solicitado pela Procuradoria Regional Eleitoral do MPF, que alegou existir novidades a serem colhidas em juízo.
Em depoimento à Polícia Civil, a testemunha disse que está sofrendo ameaças na cidade onde reside. Segundo Stefaniu, Augifranco não pediu apoio formal da Justiça Eleitoral em relação a sua segurança. “Mas foi uma medida que nós tomamos por antecipação e por cautela. Se ele vem sofrendo ameaças essa é uma matéria que cabe eminentemente à Polícia Civil, ao MPE e a Justiça Estadual agirem, a apuração deve ser feita no âmbito estadual. No meu caso, da Justiça Eleitoral, na condição de testemunha, a gente assegura a integridade dele, por exemplo, não infligindo o acesso ao depoimento e garantindo para ele uma escolta policial se necessário”, ressaltou.
Da mesma forma que foi nas outras audiências fechadas, antes de divulgar a imprensa, o TRE deve avaliar o depoimento para saber se trás algum risco para a integridade da testemunha e se atrapalha ou não as investigações que ainda estão em curso no âmbito estadual. Além disso, o irmão de Augifranco, Ygor Henrique Batista de Vasconcelos, não deve ser ouvido, já que a defesa e nem o Ministério Público Eleitoral entenderam ser necessário.
O caso
Augifranco e o irmão Ygor são representantes da Associação Lagartense de Jovens, Amigos do Povo e do Desenvolvimento Social (Ala Jovem). A Polícia Civil constatou movimentações milionárias nas contas dos dois representantes e acredita que o dinheiro tenha sido proveniente das verbas de subvenção.
A entidade recebeu R$ 235 mil do então deputado Raimundo Lima (Mundinho da Comase). Além de presidente da associação, Augifranco se apresenta como diretor da empresa de eventos MP10, que funciona no mesmo endereço da entidade e para a qual foram transferidos R$ 231 mil.
Foto: Elisângela Valença/F5 News
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