Vereadores de Aracaju aderem à campanha para vetar reajuste da passagem
Política 16/02/2016 15h45Por Will Rodrigues
Os vereadores de Aracaju voltaram ao trabalho nesta terça-feira (16) e foram recepcionados por representantes do movimento Veto Popular, que busca a revogação do reajuste da tarifa do transporte coletivo da Grande Aracaju. Eles solicitaram a participação na Tribuna Livre. Alguns parlamentares aderiram ao movimento, mas a base aliada do prefeito João Alves Filho (DEM) anunciou que vai trabalhar para derrubar a proposta, o que só é possível com o voto de 13 vereadores, exceto o presidente Vinícius Porto (DEM).
Nesta terça, o movimento recebeu a adesão de nove vereadores que votaram contra o aumento. Agora os integrantes do Veto trabalham para conseguir o apoio de mais cinco vereadores que não participaram da votação que reajustou a tarifa.
A campanha já conseguiu colher mais de 20 mil assinaturas, mas ainda está validando os nomes, pois só são aceitos os eleitores aracajuanos, uma vez que apenas com 5% do eleitorado da capital é possível viabilizar a tramitação do projeto no Legislativo. Por isso, o prazo para coleta de assinaturas foi prorrogado até o final do mês de março, quanto termina o prazo para protocolar propositura na CMA.
A Ordem dos Advogados do Brasil em Sergipe (OAB/SE) e a Arquidiocese de Aracaju sinalizaram o interesse em apoiar a causa, se juntando às 40 entidades que já compoem o movimento, conforme informações do representante do Veto, Tadeu Brito.
Questionado pelo F5 News, o líder da situação, vereador Agnaldo Feitosa (PR), descartou a possibilidade de dialogar sobre o veto popular, porque, em seu entendimento, o debate foi realizado à época da majoração da tarifa. Para ele, o reajuste foi necessário em decorrência da crise econômica. “Essa crise foi repassada em termos de valores em tudo aquilo que é do consumo do povo. Quando há inflação muito alta, a gente precisa entender que os serviços também ficam mais caros. No momento, o veto não é importante para a gente, para a sociedade aracajuana. A gente precisa continuar trabalhando para fazer o melhor, cobrar a melhor qualidade do transporte, essa é a nossa função aqui”, disse, confirmando que a bancada vai rejeitar a proposta.
O líder da bancada de oposição, vereador Iran Barbosa (PT), um dos que assinou o veto nesta quinta, entende que a campanha promove um resgate da participação popular na produção legislativa. “Há uma previsão legal de que as pessoas exerçam esse direito de veto que normalmente é restrito ao Executivo. É um exercício necessário, até porque nós sabemos que o que está em jogo é um debate em torno de um valor altíssimo da tarifa de transporte coletivo. O povo está tomando iniciativa de dizer que isso (reajuste) não serve, não é correto e não concorda”, considera.
Indagado se colocaria a matéria em tramitação, quando for protocolada, o presidente da CMA preferiu adiar a resposta, alegando que só trata de assuntos que já estão na Casa. “Não posso falar com relação a algo que não chegou ainda. Não sei quando é que vai chegar; quando chegar, tenham certeza que vou conversar com vocês”, respondeu Porto à imprensa.
*Colaborou Fernanda Araujo
Fotos: Acrísio Siqueira/CMA
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