Vereadores de Aracaju opinam sobre postura da imprensa durante eleições
Política 21/08/2014 15h00Por Aline Aragão
Desde a última terça-feira (19), os eleitores têm acompanhado pelo rádio e pela televisão os programas eleitorais dos candidatos à presidência da República, governo, Senado e a deputados federais e estaduais. Além da propaganda política gratuita, outra forma de conhecer os candidatos e suas propostas é por intermédio de entrevistas e debates que são realizados pelos veículos de comunicação, os quais, por sua vez, precisam agir com imparcialidade na hora de conduzir as perguntas aos candidatos.
Na sessão de hoje na Câmara de Aracaju, vereadores manifestaram sua opinião sobre a postura dos meios de comunicação durante o período eleitoral. E os parlamentares concordam que no momento as propostas de governo devem ser priorizadas.
Para a vereadora Lucimara Passos (PC do B), nesse momento, o povo quer saber dos projetos e propostas e negar esse direito ao povo é uma agressão. “As pessoas desejam conhecer o candidato e, a partir de propostas, decidir em quem vai votar”, disse.
Segundo Lucimara, existe um movimento não só em Sergipe, mas em todo país, que vem sendo feito principalmente pelas redes de TV. “Eles estão focando no ataque e na agressão ao candidato e deixando de tratar o que é importante no momento. Sei que o povo também que saber da conduta dos candidatos, mas prioritariamente no momento da eleição é hora de mostrar propostas. E as TVs estão vetando esse direito”, afirmou.
Já o vereador Agamenon Sobral (PP) diz que a imprensa tem que botar o candidato na parede, sim, mas não pode deixar de priorizar o tempo para a apresentação de propostas. “Acho que tem que deixar o passado de lado e pensar pra frente. Por que as pessoas que estão sendo candidatas agora, estão sendo candidatas para administrar durante quatro anos, então se você não tiver propostas para apresentar para o povo, como é que o cidadão vai votar?”.
Na opinião do vereador e também comunicador Jailton Santana (PSC), a imprensa tem que cumprir o papel de representante do povo e contribuir com a democracia. “Tem que perguntar mesmo, porque muitas vezes o candidato só quer pergunta que lhe agrade. Quando a imprensa pergunta, por exemplo, se responde a processo A ou B, ou se deixou de cumprir obrigações, o candidato se sente ofendido e não é desta forma”, avaliou.
Mas o vereador alerta para que a imprensa permaneça imparcial, sem deixar, em nenhum momento, transparecer preferência por A ou B. “A imprensa não pode ser manipulada”, disse o parlamentar, ao destacar o protagonismo desse segmento como formador de opinião. “A imprensa em Sergipe tem que continuar agindo de forma livre e levar para o cidadão as propostas dos candidatos que estão disputando o governo, para que cada um escolha o que achar melhor”, disse.
Foto: Aline Aragão
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