Preço do trigo argentino preocupa indústria da panificação em Sergipe | Marcio Rocha | F5 News - Sergipe Atualizado

Preço do trigo argentino preocupa indústria da panificação em Sergipe
Blogs e Colunas | Marcio Rocha 30/04/2018 16h22 - Atualizado em 30/04/2018 16h25

A recente seca em extensa área agrícola dos argentinos pode repercutir no preço do trigo praticado na importação ao Brasil. Hoje, esse cereal é o segundo produto com maior impacto nas importações da Balança Comercial sergipana, perdendo apenas para o coque de petróleo, utilizado na indústria cerâmica. Apesar do período de plantio do trigo ser iniciado em maio, há certa expectativa do mercado quanto às perdas que possam ocorrer por causa da estiagem no país vizinho. Existem estudos que dizem que a perda geral de grãos seja na casa dos 50%.

 

Expectativa de aumento

E o principal produto que está presente na mesa de grande parte dos sergipanos, e pode vir a ter uma alta por ocasião desses problemas, é o pão francês. Na última análise da cesta básica, publicada pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos, em fevereiro, o preço desse alimento já apresentava pequena alta de 0,13% e agora se espera que ocorra um acréscimo ainda maior.

 

Importação

O trigo utilizado no país é originário em 30% da região sul do país e os outros 70% são importados da Argentina. Caso se confirme essa quebra na produção de grãos no país vizinho, a indústria brasileira deverá comprar esse insumo dos Estados Unidos e do Canadá, onde são produzidos cereais de ótima qualidade, mas consequentemente, devido às questões de transporte e logística, encarecerá esse importante produto tão utilizado no segmento panaderil.

 

Sacrifício

De acordo com o presidente do Sindicato da Indústria da Panificação e Confeitaria do Estado de Sergipe (Sindipan/SE), Antônio Carlos Araújo, os empresários estão fazendo um grande esforço para não repassar esse aumento à população. “Estamos aguardando as informações vindas da Argentina, mas o temor por um acréscimo de preço na nossa principal matéria-prima, o trigo, é grande. Mesmo porque já vínhamos de uma baixa na produção nacional, devido também aos fatores climáticos no Paraná, nosso maior produtor nacional. Vamos ver até quando poderemos segurar os preços ao consumidor e não onerar ainda mais o bolso da população, sem prejudicar o nosso negócio”, afirma Antonio Carlos.

 

Desemprego recua

A taxa de desemprego brasileira recuou para 13,1% no primeiro trimestre do ano, em relação ao desempenho do mercado de trabalho em igual período de 2017, quando foi de 13,7%. Frente aos últimos três meses do ano passado, quando ficou em 11,8%. Os dados, da Pesquisa por Amostra de Domicílios (Pnad) foram divulgados pelo IBGE na manhã desta sexta-feira. Em todo o País, o número de desempregados soma 13,7 milhões. O número indica alta de 11,2% em relação ao trimestre anterior e queda de 3,4% em relação ao mesmo período do ano passado. A população ocupada foi estimada em 90,6 milhões de pessoas, o que representa uma queda de 1,7% em relação ao trimestre de outubro a dezembro de 2017 e aumento de 1,8% em relação ao mesmo período de 2017. Já o número de empregados com carteira assinada, 32,9 milhões, caiu nas duas comparações: 1,2% e 1,5%, respectivamente. Esse contingente é o menor da série histórica da pesquisa, iniciada em 2012. O setor de serviços foi o grande responsável pela abertura de vagas com carteira de trabalho em março.

 

Desvalorização do real prejudica a retomada econômica

A manchete do Valor Econômico destaca que a desvalorização da taxa real de câmbio brasileira desde o ano passado - e intensificada nos primeiros meses de 2018 - deve atrapalhar a já frágil retomada econômica. A queda da moeda doméstica, que já alcança 4% ante uma cesta de divisas no ano até abril, deve elevar o custo de capital, com impactos negativos sobre a contratação de investimentos. Isso num momento em que as companhias já veem limitado estímulo para ampliar gastos diante do recrudescimento das incertezas eleitorais. Analistas reconhecem que um real mais fraco não é totalmente ruim para a economia doméstica. Alguns setores, sobretudo o exportador de bens industriais, se beneficiam de um real mais depreciado na medida em que se tornam mais competitivos no mercado externo. Porém, para a economia local, as vantagens não vão muito além. Para os exportadores de commodities, por exemplo, o efeito positivo é limitado à renda com as vendas externas, já que os preços dos produtos são determinados pela dinâmica do mercado internacional. 

 

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Marcio Rocha é jornalista formado pela UNIT, radialista formado pela UFS e economista formado pela Estácio, especialista em jornalismo econômico e empresarial, especialista em Empreendedorismo pela Universitat de Barcelona, MBA em Assessoria Executiva pela Uninter, com experiência de 23 anos na comunicação sergipana, em rádio, impresso, televisão, online e assessoria de imprensa.

E-mail: jornalistamarciorocha@live.com

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