21 agências bancárias de Sergipe contam com projeto "Caixa Pra Elas" | F5 News - Sergipe Atualizado

Empreendedorismo
21 agências bancárias de Sergipe contam com projeto "Caixa Pra Elas"
Objetivo é promover empoderamento feminino por meio da independência financeira
Cotidiano | Por Ana Luísa Andrade 12/08/2022 10h07


A aracajuana Lilian Maria Alves é cabeleireira autônoma há mais de 16 anos. Contudo, somente no ano passado decidiu se formalizar como microempreendedora individual (MEI). Ela conta que, desde então, sente que seu negócio ganhou mais credibilidade, além de conseguir facilidades para abertura de contas, empréstimos e com o uso da máquina de cartão de crédito.

“Até então, eu estava invisível, e hoje, através do meu MEI, estou sendo reconhecida”, disse a empreendedora ao F5 News

Na tarde dessa quinta-feira (11), Lilian conseguiu um empréstimo de crédito para investir em seu salão de beleza. Ela foi uma das mulheres contempladas pelo projeto “Caixa Pra Elas”, da Caixa Econômica Federal em parceria com o Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos. “Saí com um ótimo resultado, a experiência foi maravilhosa”, relatou a cabeleireira.

O objetivo da iniciativa é acolher, incentivar e dar oportunidades para todas as mulheres do Brasil, através de um atendimento especializado voltado ao público feminino.

Por meio do projeto, essas mulheres recebem orientação sobre prevenção à violência, promoção de educação financeira e empreendedorismo, além de produtos e serviços.

A ideia é que todas as 4500 agências da Caixa do país sejam contempladas pelo projeto. Até o final deste mês de agosto, mil delas irão contar com esses espaços.

Em Sergipe, até esta sexta-feira (12), haverá a iniciativa em 21 unidades bancárias, distribuídas entre os municípios de Aracaju, Estância, Nossa Senhora do Socorro, Tobias Barreto, São Cristóvão, Itabaianinha, Itabaiana, Lagarto, Propriá, Nossa Senhora da Glória, Simão Dias e Neópolis.

Na tarde de ontem, o vice-presidente da instituição financeira, João Gustavo Haenel Neto, visitou a capital sergipana para conhecer o espaço “Caixa Pra Elas” da Agência Augusto Leite, localizada na avenida Barão de Maruim, no centro de Aracaju.

Ele contou ao F5 News que o “Caixa Pra Elas” se baseia em três pilares: o combate à violência doméstica, o incentivo ao empreendedorismo feminino e a promoção da educação financeira. A ideia é empoderar e fomentar a independência das mulheres, visto que, apesar de o grupo representar a maior parte da população brasileira, a gestão do dinheiro no país ainda se concentra em mãos masculinas.

“A maioria da população brasileira é feminina, a maioria das decisões de consumo são tomadas por mulheres. Mas quando vemos o sistema financeiro, quem cuida do dinheiro, os consumidores de produtos financeiros, cai a proporção da decisão feminina e passa para uma mais masculina”, afirmou João Gustavo Haenel.

Em Sergipe, 37% dos pequenos negócios são comandados por mulheres, conforme apontou o Atlas dos Pequenos Negócios, pesquisa realizada pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae). Isso coloca o estado ao lado do Distrito Federal no segundo lugar do ranking nacional, ficando atrás apenas do Rio de Janeiro.

Nesse sentido, o vice-presidente da Caixa afirmou que a empresa dispõe de diversos serviços que tem como objetivo fomentar ainda mais esse cenário.

“Olhando nos olhos das empreendedoras femininas aqui de Sergipe, ficou clara a paixão que elas têm pelos seus empreendimentos, e eu acho que esse é o grande segredo do sucesso delas. A Caixa tem diversos produtos desenvolvidos e pensados para alavancar o empreendedorismo, desde o microcrédito para o MEI, até o Pronampe, que ajuda no capital de giro”, detalhou.

Além disso, a equipe da Caixa foi treinada para identificar casos de mulheres em vulnerabilidade e em situação de violência doméstica. As embaixadoras do projeto foram instruídas a acolher e direcionar essas mulheres ao atendimento especializado, a fim de melhor assessorá-las de acordo com suas demandas.

“Seja para auxiliar num caso de denúncia, seja para dar um acolhimento, para ouvir ou para direcionar para um produto que lhe dê independência financeira e condições de deixar o agressor”, exemplifica o vice-presidente da Caixa.

Ele relatou ao F5 News que um caso de violência doméstica foi identificado durante um desses atendimentos. Foi constatado que, além de a mulher estar sendo agredida pelo seu companheiro, ele também a privava do controle do seu benefício social - o Auxílio Brasil. “A gente identificou essa situação, emitiu um cartão novo, uma senha nova, e a libertou dessa dependência”, disse João Gustavo Haenel.

Vale lembrar que a violência doméstica pode se manifestar de diversas formas, e não somente pela agressão física. Segundo a Lei Federal nº 11.340, também conhecida como Lei Maria da Penha, a violência patrimonial pode ser entendida como “qualquer conduta que configure retenção, subtração, destruição parcial ou total de seus objetos, instrumentos de trabalho, documentos pessoais, bens, valores e direitos ou recursos econômicos, incluindo os destinados a satisfazer suas necessidades”.
 

Edição de texto: Monica Pinto
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