“Não é a licitação que vai resolver o problema”, avalia o superintendente da SMTT Aracaju, Renato Telles, sobre o transporte público da região metropolitana. 

A população e alguns parlamentares da Câmara Municipal têm cobrado da Prefeitura de Aracaju um posicionamento sobre a licitação do transporte público. 

Na visão de muitos, somente desta forma o serviço poderá ser regulamentado e sair da crise que enfrenta há alguns anos, e que foi drasticamente agravada durante a pandemia de covid-19. 

No entanto, o superintendente da SMTT Aracaju, Renato Telles, foi enfático ao afirmar ao F5News que essa não é uma solução imediata. “A população está no direito de fazer essa cobrança, mas precisamos ser francos com a população: não é a licitação que vai resolver esse problema”, disse. 

O superintendente utilizou como exemplo a cidade de Salvador, capital da Bahia, onde ocorreu o processo licitatório, no entanto, sem sucesso. Para ele, ações emergenciais, como o Projeto de Lei aprovado no Senado, que obriga o Governo Federal a arcar com a gratuidade dos idosos, são fundamentais neste momento. 

“Salvador ficou com um terço da operação. A empresa desistiu do contrato, entregou e a Prefeitura foi obrigada a assumir por um ano. Fez licitação, carta convite, chamou empresas do país inteiro, e ninguém teve interesse”, cita. 

Um dos vereadores de Aracaju que tem reforçado a cobrança pelo projeto de licitação do transporte público é Breno Garibalde (DEM). 

“Precisamos cobrar. Já tem muito tempo nesse imbróglio para sair, por isso estamos cobrando e fiscalizando. Mas também estamos felizes com toda a modernização que o sistema de transporte de Aracaju está passando”, disse o parlamentar, ao se referir ao sistema eletrônico de bilhetagem, que será utilizado como única forma de pagamento em 46 ônibus de 11 linhas que circulam na Grande Aracaju, conforme noticiado por F5News..