Alunos denunciam falta de professor em colégio estadual de Aracaju | F5 News - Sergipe Atualizado

Alunos denunciam falta de professor em colégio estadual de Aracaju
Merenda escolar e condições físicas precárias também são criticadas
Cotidiano 26/11/2015 15h30


Por Fernanda Araujo e Ana Rollemberg

Alunos do Colégio Estadual João Alves, no bairro Salgado Filho, em Aracaju (SE), protestaram, na manhã desta quinta-feira (26), contra a falta de professores, as condições físicas da unidade e a precariedade da merenda escolar. Segundo os estudantes, faltando apenas dois meses, aproximadamente, para fechar o ano letivo ainda falta professor de português no Ensino Médio.

“Aconteceu o Enem e nos sentimos bastante prejudicados com a falta de professor, não tivemos nenhuma preparação. A direção nunca nos dá resposta concreta. Essa semana completou sete meses que não tínhamos professor de Química, veio chegar essa semana”, critica Júnior Santos, aluno e presidente do Grêmio Estudantil do colégio. 

A reclamação aponta ainda que há desvio de função – um professor que exerce Educação Física está dando aula de Artes Cênicas. A falta de limpeza e higiene da escola, como descargas quebradas nos banheiros, também é alvo de críticas. Jan Victor, presidente da União Sergipana de Estudantes de Sergipe (USES), afirma que os próprios alunos acabam fazendo o trabalho que seria do zelador.

“A escola está abandonada e a gente quer que a Secretaria de Educação venha aqui, o próprio secretário, e conheça a realidade. Já protocolamos essa semana um documento mostrando a situação à Seed, entre diversos outros protocolos, e nunca temos reposta. A escola não tem incentivo ao esporte, à cultura. A direção quer camuflar o problema dizendo que está tudo bem, e disse que se fizéssemos manifestação iam abandonar o cargo, já alguns professores nos disseram que iriam dar falta aos alunos que estão no ato. Como está tendo ensino de qualidade se estamos tendo esse problema?”, questiona Jan Victor.

Outra insatisfação se refere às condições da quadra de esportes. A reforma, de acordo com Victor, foi feita há pelo menos cinco anos, porém, quando chove tem goteira. Além disso, sem mureta de proteção, todo o lixo da rua é levado pelo vento para a quadra. O calor nas salas de aula, que aglomeram de 30 a 50 estudantes, entre outras situações, também é um problema.

“As salas de aula são grande fornalhas, são dois ventiladores por sala, isso quando tem, já chegaram a pegar fogo. Queremos ar condicionado. Ventiladores de teto foram proibidos em 2007 por uma resolução, devido a questões de segurança, mesmo assim tem. Lâmpadas estão penduradas por correntes finas. As salas de Informática e o laboratório de Biologia não são utilizados. A sala do Grêmio Estudantil foi retirada deles pela direção da escola, sendo que o governo do Estado se comprometeu com a USES que toda reforma de escola viria com sala para o Grêmio, entendendo que é um direito dos estudantes se organizarem”, afirmou.

Segundo os alunos, a merenda escolar é de baixa qualidade e mal armazenada; já foi encontrado alimento até com data de validade vencida. “A escola tem uma cantina particular, mas temos um abaixo-assinado contra o preço bastante abusivo, e também é de baixa qualidade, mas os alunos ainda preferem esse lanche ao da merenda, que é praticamente só à base de milho. Funcionários nos disseram que só deve ter essa alimentação até esta sexta-feira, a partir da próxima semana o lanche deve ficar ainda mais precário. Já deixaram de servir suco. Não respeitam a grade nutricional prevista no próprio Pnae (Programa Nacional de Alimentação Escolar)”, diz Jan.

Procurado pelo F5 News, o assessor de comunicação da Secretaria de Estado da Educação(Seed), jornalista Elton Coelho,  informou que não há nenhuma irregularidade no Colégio.  Segundo ele, a falta de professor da disciplina de português aconteceu da semana passada para essa, mas a pasta já providencia a nomeação de um substituto com a mesma carga horária, de 12 horas. Quanto à distribuição da merenda escolar, Elton afirma que nesta quinta ela ocorreu de forma irregular justamente por conta da manifestação. Além disso, a Seed já acionou uma distribuidora que vai regularizar a oferta da merenda nas demais escolas da rede até a próxima semana.

*Colaborou Will Rodrigues

Foto principal: Fernanda Araujo/F5 News

Fotos escola: Cedidas pela USES

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