Ativistas cobram mais políticas públicas para população LGBT em Sergipe
Cotidiano 27/03/2017 12h58 - Atualizado em 27/03/2017 14h37Por Fernanda Araujo
A violência ainda é a atual realidade da população LGBT (lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais e transgêneros) no país. Denúncias aumentam a cada dia, e a situação ainda é alarmante por conta da ausência de políticas públicas que ofereçam o mínimo de segurança a essas pessoas.
Em Aracaju (SE), integrantes do Movimento LGBT, ligados também a outras organizações como Rede Nacional de Pessoas Trans, Adones, AGS, GHP, Astra e Astrais, realizaram um ato em frente ao Palácio dos Despachos do Governo, nesta segunda-feira (27), para cobrar políticas públicas que garantam respaldo, inclusão e dignidade aos trans do estado. Eles protocolaram uma nota de repúdio, entregaram um dossiê sobre a violência no estado e solicitaram audiência com o governador Jackson Barreto.
“Acreditamos que deve ter leis mais rígidas; no estado tem casos de meninas trans que foram assassinadas e até hoje não tiveram nenhum tipo de respaldo, os agressores não foram presos, então, a gente vê o descaso dos órgãos competentes com relação a nossa população”, afirma a assistente social Maria Eduarda.Segundo dados divulgados em janeiro do Grupo Gay da Bahia, conforme relatório feito anualmente sobre assassinatos entre a população LGBT no Brasil, 340 pessoas foram mortas por "LGBTfobia" em 2016. Ou seja, 11 mortes a mais do que no ano anterior - um assassinato a cada 28 horas.
“A gente sabe que existem dados alarmantes de violência, o Brasil é o que mais mata travestis e transexuais no mundo. Muitos casos vão à Justiça, porém muitas meninas têm medo de denunciar porque se sentem vulneráveis. Acontece de a pessoa dar início ao processo contra o agressor, mas não vai até o final por conta do descaso do poder público”, critica Eduarda.
Para Silvânia Santos, a primeira conselheira tutelar transexual de Sergipe, a população LGBT é praticamente invisível aos olhos da sociedade e dos órgãos públicos. Ela, que já sofreu preconceito, lembra que recebe frequentemente casos de transexuais que também não tem auxílio do poder público.“São pessoas que ainda estão se descobrindo e não têm ajuda. Eu já ouvi de pessoas que o lugar de travesti não era no Conselho e sim nas ruas se prostituindo. Foi quando respondi que o lugar da gente é aonde a gente quiser estar porque competência e trabalho não se mede por sexualidade, transexualidade e nem orientação sexual, se mede por respeito e caráter”, completa.
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