Conhecer novas culturas, incrementar o currículo, trabalhar  autonomia e autoconhecimento e realizar o tão falado networking. Os benefícios do intercâmbio – sonho de muitos – são inúmeros. Entretanto, para aqueles que querem otimizar a experiência em terras estrangeiras, trabalhar e estudar ao mesmo tempo é um bom combo para aproveitar ao máximo toda a viagem. Entre as vantagens de combinar ralação e aulas estão, é claro, o complemento de renda para se manter no país e o estímulo extra para se virar na língua local. Quer saber em quais lugares é possível fazer isso? Confira a lista de destinos que o F5 News separou a seguir:

Dublin, na Irlanda, um dos destinos mais procurados por intercambistas. Foto: Lucas Mac Allyster

Canadá

Um dos lugares mais procurados pelos brasileiros é o Canadá, segundo maior país do mundo em termos de área total, superado apenas pela Rússia. Ele faz fronteira com os Estados Unidos e tem como línguas oficiais o inglês e o francês. As estações do ano são bem definidas e no inverno, a depender da região, a temperatura pode chegar a 10°C negativos.

Para trabalhar e estudar no país, deve-se estar matriculado em um curso de ensino superior de duração mínima de seis meses. Pode-se trabalhar legalmente por até 20 horas semanais durante os estudos. Não é permitido trabalhar no Canadá ao estar matriculado apenas em um curso de línguas.

O visto de estudante deve ser tirado no Brasil e a sua validade varia de acordo com o tempo do curso que fará no país. Para quem só quer trabalhar, através do programa de imigração do Canadá, o Express Entry, é possível realizar um perfil profissional que pode ficar disponível no banco de dados da empresa por até 12 meses. A seleção acontece online e é possível se inscrever no site oficial do programa. (https://www.immigration.ca/canada-express-entry-immigration)

Principais cidades para intercâmbio: Vancouver, Toronto e Montreal.

Irlanda

Conhecida pela população hospitaleira e por sua alta qualidade de vida, a Irlanda é um país soberano da Europa com o oitavo maior índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do mundo. Suas línguas oficiais são o inglês e o irlandês. A Irlanda também chama a atenção pelas suas belas paisagens naturais e arquitetura marcante com influências medievais. Com estações do ano bem definidas, o país tem um clima considerado nem muito quente nem muito frio, sendo que no inverno a temperatura média é 8°C.

Para quem quer estudar e trabalhar nas terras irlandesas, não é preciso tirar um visto antecipadamente, deve-se apenas ter passaporte válido e estar matriculado em um curso de no mínimo seis meses, podendo ser tanto de línguas quanto de ensino superior. O país permite que o estudante trabalhe por até 20 horas semanais junto com os estudos. Já no período das férias, é possível trabalhar em período integral (40h).

Principais cidades para intercâmbio: Dublin, Limerick e Galway.

Austrália

A Austrália é um país do hemisfério sul localizado na Oceania, menor continente do mundo. O inglês é a língua oficial da região, que tem um clima quente na maior parte do tempo, com uma temperatura média de 29°C no verão e 15°C no inverno. Sua grande diversidade ambiental - que conta com um litoral de mais de 50 mil quilômetros e mais de 500 parques e áreas de conservação ambiental – chama a atenção e torna o país um dos lugares mais procurados pelos brasileiros.

Para fazer intercâmbio na Austrália, deve-se tirar um visto de estudante e estar matriculado em um curso de duração mínima de 14 semanas, que pode ser tanto de inglês ou de ensino superior, desde que ele tenha o reconhecimento da imigração. Estudantes podem trabalhar legalmente por até 40 horas semanais.

Principais cidades para intercâmbio: Sydney, Melbourne e Gold Coast.

Nova Zelândia

País pertencente à Oceania, a Nova Zelândia tem como idioma principal o inglês, apesar de também serem consideradas oficiais as línguas nativas, como a maori. A região é cercada pelo mar e cerca de 30% do país é coberto por florestas naturais, o que resulta em ricas fauna e flora, que são bastante conservadas.

A Nova Zelândia tem menos de 5 milhões de habitantes e conta com um clima subtropical que agrada os brasileiros, mas é necessário ficar ligado, já que, principalmente nos meses de abril e maio, chove bastante e de maneira inesperada.

O intercâmbio no país pode ser feito com a retirada de um visto de estudante e a inscrição em um curso – de inglês ou superior – de no mínimo 14 semanas. Durante o período das aulas, o estudante pode trabalhar por até 20h semanais e por tempo ilimitado durante as férias.

Principais cidades para intercâmbio: Auckland, Wellington e Christchurch

Portugal

Para quem não domina o inglês e quer estudar sem grandes dificuldades, Portugal traz boas oportunidade de estudo, que variam de mestrados, doutorados e até graduações. Por compartilharmos a mesma língua (com algumas diferenças) e a região ter um grande número de brasileiros, quem for estudar lá se sentirá em casa.

O país tem um total de 10 milhões de habitantes (20 vezes menor do que o Brasil) e é possível atravessar toda a região em apenas um dia, já que são apenas 721 km de estradas de uma ponta a outra. O clima português é mediterrâneo e um dos mais amenos da Europa, com temperatura bem demarcada em todas as estações.

Para fazer intercâmbio em Portugal é necessário tirar um visto de estudo. Não há limite do tempo de trabalho como estudante, mas é necessário ter autorização do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF). (https://www.sef.pt/pt/Pages/homepage.aspx)

Principais cidades para intercâmbio: Lisboa, Porto e Coimbra.

*Estagiária sob a orientação do jornalista Will Rodriguez.