Rodoviários demitidos cobram providências por parte da Prefeitura de Aracaju | F5 News - Sergipe Atualizado

Rodoviários demitidos cobram providências por parte da Prefeitura de Aracaju
Em protesto na porta da PMA, categoria reivindica intervenção do poder público
Cotidiano | Por Laís de Melo 18/11/2021 13h27


Sem receber o salário referente ao mês de outubro e a rescisão de contrato, rodoviários demitidos das empresas de transporte coletivo Progresso e Modelo se manifestaram na sede da Prefeitura de Aracaju na manhã desta quinta-feira (18). A categoria cobra um posicionamento da gestão municipal com relação aos problemas de atrasos nos pagamentos e das demissões em massa ocorridas nos últimos meses. 

Desempregados e obviamente insatisfeitos, os rodoviários alegam terem sofrido um “calote” das empresas, por não terem recebido ainda os valores de direito por demissão sem justa causa, e acreditam que somente a Prefeitura pode modificar a situação. 

O cobrador Robenildo de Brito foi um dos demitidos em novembro deste ano pela empresa Progresso. Segundo ele, em sua conta do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), só consta o valor de R$ 0,34. 

“Eles estão nos roubando. Já deram baixa na minha carteira de trabalho, já mandaram fazer exames, mas não pagaram o FGTS de ninguém. Na minha conta tem 34 centavos, porque eles estão roubando a gente. Quando procuramos eles, mandam a gente recorrer na justiça”, disse o ex-funcionário ao F5News

Para Robenildo, só há uma saída: uma intervenção da gestão municipal. “A prefeitura é responsável por isso, e ela tem que dar um jeito”, completou. A categoria clama pelo pagamento dos salários e a reintegração dos trabalhadores demitidos. 

O chefe de executivo do movimento CSP Conlutas, Djenal Prado, esteve representando a categoria na manifestação desta quinta-feira e argumenta que a cobrança por um posicionamento da Prefeitura de Aracaju se dá pelo fato de ser a gestão municipal a responsável pela formalização de contratos com as empresas e gestora do transporte público da Grande Aracaju. 

“Além da obrigação de fiscalizar, é a prefeitura quem faz os contratos. O transporte público da cidade não tem nem licitação, quem convida as empresas é o prefeito. No entanto, é a prefeitura que é o órgão fiscalizador e queremos que a prefeitura tome providências”, acrescenta o sindicalista. 

Uma comissão entre os colaboradores desempregados e representantes sindicais foi formada ainda na porta da prefeitura durante o ato. O grupo aguardava ser atendido pela gestão, no entanto, até as 12h, isso não aconteceu. A promessa é de que, se não houver acordo, uma nova greve poderá acontecer em breve na capital. 

“Vamos parar Aracaju e o sistema de transporte, se nada for feito. Porque isso está acontecendo com os demitidos, mas quem está trabalhando não está recebendo salário em dia”, afirma Djenal.

Procurada por F5News, a comunicação da Prefeitura de Aracaju informou que a gestão não irá se manifestar sobre o assunto.

Por meio de nota, o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Aracaju (Setransp) informa que está acompanhando “as dificuldades das empresas de transporte público coletivo de Aracaju e tem levado ao conhecimento das autoridades públicas sobre a necessidade de ações que garantam a sustentabilidade do setor”. 

A entidade reconhece que os “entraves para pagamentos de salários” têm sido frequentes, e afirma que esse é o maior custo entre as despesas para a prestação do serviço. “Isso tem preocupado todas as empresas do transporte, que presenciaram outras mais de 160, também do setor, fechando as portas pelo país durante a pandemia - principalmente diante do aumento do preço do combustível, segundo maior insumo do transporte, que já subiu só este ano quase 60%”, aponta o sindicato. 

O Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários de Aracaju (Sinttra) informa que ajuizou uma ação civil pública contra a empresa Modelo após as demissões e a falta de pagamentos. “Nós estamos com toda ação, e fazendo tudo pelo trabalhador, para a garantia de direitos”, disse o presidente da entidade, Miguel Belarmino. 

O Ministério Público do Trabalho (MPT) também acompanha a situação e realizará uma audiência pública de mediação entre categoria, empresas, sindicatos e gestão municipal. 

Edição de texto: Monica Pinto
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