Para muitos brasileiros a chegada das temperaturas mais baixas, típicas do inverno, traz uma ótima oportunidade de relaxar e aproveitar para assistir filmes e séries. Porém, para outros, esse é o tempo propício para o surgimento de alergias respiratórias, já que elas têm maior incidência durante a estação.

O clima frio e seco é um dos principais fatores a desencadear problemas respiratórios. Em entrevista ao F5 News, a médica alergista Gabriella Mello explica que essa conjuntura não favorece a saúde dos portadores de asma e rinite, por exemplo. É um período em que espirros, tosse, coceira no nariz e coriza tornam-se mais comuns.

Segundo a especialista, além das condições climáticas, há outras circunstâncias que contribuem para esse quadro. “Nesse período, as pessoas costumam permanecer mais tempo em ambientes fechados, ficando assim mais expostas às principais causas de alergias respiratórias (ácaros da poeira, fungos, epiteliais de animais) - piorando seus sintomas - e também mais aglomeradas, facilitando a transmissão de doenças infecciosas, que podem agir como gatilhos de piora das suas alergias”, disse ao portal. 

Portadores dessas doenças que não as têm sob controle ficam mais vulneráveis a essa situação, informa Gabriella Mello, que faz ainda um alerta: se não houver o tratamento e acompanhamento médico contínuo, surge até o risco de morte.

Um exemplo está em matéria publicada na quarta-feira (5) pelo portal Metrópoles, parceiro do F5 News. A notícia relata que Harvey Edwards, universitário de 19 anos, morreu três semanas após apresentar fortes dores no rosto e dificuldade para respirar, ocasionadas pela sinusite.  Ele foi levado ao coma induzido para aliviar a pressão no cérebro, mas teve uma série de derrames e não resistiu.

A médica alergista explica que a melhor forma de evitar o agravamento de tais problemas é ter um diagnóstico precoce e tratamento adequado. 

“Esse tipo de diagnóstico pode ser baseado na história clínica do paciente, ou seja, no tipo de manifestação ou reação que ele apresenta ao entrar em contato com o alérgeno suspeito. Após isso, o médico especialista irá solicitar exames ou testes específicos que comprovem sua suspeita. Apenas a presença de exames alérgicos positivos, sem de fato o paciente apresentar sintomas de alergia, não conclui diagnóstico de nenhuma doença alérgica. Por isso, a consulta médica com o especialista é extremamente necessária antes de se fazer exames ou testes”, disse Gabriella Mello ao portal.

Medidas que podem evitar - ou atenuar - alergias respiratórias 

- Ter bons hábitos alimentares; 
- Adotar um estilo de vida saudável; 
- Exposição precoce a animais de estimação e/ou ambiente rural;
- Antioxidantes (como ômega-3);
- Aleitamento materno;
- Nascimento por parto vaginal.