Dos 75 municípios de Sergipe, apenas cinco ainda não foram visitados pelos agentes de endemias no Estado para o combate ao Aedes aegypti, segundo o Ministério da Saúde. No total de 611.386 mil imóveis, 344.429 já receberam visitas de equipes, o que corresponde a 56,34% dos imóveis no estado. Já são mais de 30% de imóveis brasileiros visitados pelos agentes de saúde e militares das Forças Armadas.

Força-Tarefa contra Aedes já visitou mais de 50% dos imóveis em Sergipe

O número foi divulgado na sexta-feira (05) e segundo o MS é quase o dobro do levantamento da última semana, quando foram vistoriados 10,9 milhões de domicílios. A meta inicial de visitas passou de 49 milhões de domicílios para os 67 milhões, incluindo prédios públicos, comerciais e industriais.

Conforme balanço da Sala Nacional de Coordenação e Controle (SNCC) de Enfrentamento à Microcefalia, ao todo, 20,7 milhões, dos 67 milhões de imóveis estimados, receberam equipes para identificação de focos e orientação aos moradores sobre medidas de prevenção ao vetor da Dengue, Zica Vírus e Chikungunya.

Segundo o coordenador da Sala, do Ministério da Saúde, Marcus Quito, estados e municípios têm papel fundamental, especialmente agora, com uma meta maior de visitas a imóveis. Ao todo, 3.984 municípios, dos 5.570 definidos para serem vistoriados pelas equipes de combate, computaram as ações até 4 de fevereiro. Esse número é 25% superior ao verificado na semana anterior (3.183 cidades). Todos os estados e o Distrito Federal já registram as visitas realizadas no Sistema Informatizado de Monitoramento da Presidência da República (SIM-PR).

Durante as visitas, foram identificados 772,9 mil imóveis com focos do mosquito, o que representa 3,89% do total de visitados. A meta é reduzir esse índice de infestação para menos de 1% de imóveis com foco. Atualmente, o Piauí é o estado com maior percentual de imóveis vistoriados, com 74,6%, seguido da Paraíba (71,7%) e Minas Gerais (67,6%). Em números absolutos, Minas Gerais é a unidade federativa que mais realizou visitas, somando 4,8 milhões. São Paulo totalizou 3,8 milhões, e o Rio de Janeiro, 2,5 milhões.

A Sala Nacional contabilizou a recusa de acesso a 69.214 imóveis, além de 4,7 milhões de domicílios fechados. Na última segunda-feira (1), o governo federal publicou medida provisória que permite o ingresso forçado de agentes de saúde em imóveis públicos ou particulares abandonados para ações de combate ao mosquito, ou em locais com potencial existência de focos.

O texto autoriza a entrada do agente em casas onde o proprietário não esteja para garantir o acesso e quando isso se mostre ‘essencial para contenção de doenças’. Mas, para isso, o agente deve realizar duas notificações prévias, em dias e horários alternados e marcados, num intervalo de dez dias. Em Aracaju, capital sergipana, estão havendo reuniões com todas as secretarias do município para avaliar como essas ações serão realizadas, conta a a Coordenadoria do Programa Municipal de Combate ao mosquito.

Força-tarefa

Desde dezembro, mais de 300 mil agentes de combate às endemias, agentes comunitários de saúde e militares reforçam o combate ao Aedes aegypti nas residências. Além disso, no dia 13 essa mobilização será reforçada por 220 mil militares das forças armadas. No dia 15, ainda, 50 mil militares acompanharão as ações de eliminação dos focos do mosquito.

Com informações do Ministério da Saúde

Foto: Ascom/SES

Matéria relacionada

Imóveis com focos do Aedes aegypti: cidadãos devem ficar em alerta