Governo de Sergipe deve reduzir público em eventos e avalia proibir festas no carnaval
Restrições visam conter o avanço da covid-19 para não pressionar rede de saúde Cotidiano | Por Will Rodriguez 30/01/2022 06h00O governo de Sergipe deve anunciar nesta segunda-feira (31) o decreto com as restrições sociais contra covid-19 que serão aplicadas no mês de fevereiro. A reportagem do F5News apurou que o setor de eventos será o mais afetado pela regulamentação que entra em vigor já no dia 1º de fevereiro.
O martelo ainda não foi batido e o governador Belivaldo Chagas deve ouvir novamente seus auxiliares, técnicos da Secretaria da Saúde e membros do Comitê Científico que monitora a pandemia, mas o F5News teve acesso à proposta em discussão neste momento.
Até o dia 10 de fevereiro, eventos públicos e privados terão a capacidade máxima de público reduzida em cerca de 50%, passando a ser de 3 mil em espaços abertos e 1 mil em ambientes fechados.
Ainda segundo a proposta, só devem ser autorizados eventos em municípios onde a cobertura vacinal de D2 esteja acima de 70% da população.
Caso esta regra passe a valer, apenas 25 municípios estariam aptos a ter eventos em seus limites, considerando o boletim mais recente da vacinação disponibilizado pela Saúde estadual, conforme levantamento do F5News. Isso representa um terço do estado.
No dia 10 de fevereiro, o governo pretende voltar a reunir o Comitê Técnico Científico para avaliar os indicadores epidemiológicos dos 15 dias anteriores.
Caso a evolução de casos se mantenha acelerada e, junto com ela, aumentem os registros de óbitos e internações, o governo sergipano deve proibir a realização de eventos de qualquer natureza durante o período do carnaval em todo o território estadual.
Na semana passada, o governador Belivaldo Chagas já tinha avisado que as restrições sociais seriam endurecidas para o Estado não “perder o controle da pandemia”. Ele lembrou que, com a variante ômicron, os casos dispararam outra vez, embora com um número bem menor de internações e mortes, graças à vacina.
Segundo fontes do Palácio dos Despachos, o temor do governador é que o Estado volte a precisar mobilizar uma grande estrutura de pessoal para os hospitais públicos em função do maior adoecimento da população.
Embora haja equipamentos físicos suficientes para ampliar a capacidade de atendimento, há dificuldades para fechar escalas de profissionais de saúde, o que acarreta na sobrecarga daqueles que estão em atuação.