O governo de Sergipe deve adotar restrições sociais mais rigorosas durante o mês de fevereiro, especialmente no período do carnaval. A informação foi antecipada pelo governador Belivaldo Chagas (PSD) ao comentar a reunião do comitê técnico científico que prorrogou a atual resolução de enfrentamento à covid-19 até o dia 31 de janeiro.

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Com o aumento do número de casos positivos da doença, impulsionado pela variante ômicron, o Executivo sergipano tende a rever as autorizações para eventos e festas.

Atualmente, é permitida uma ocupação máxima de até 5 mil pessoas em ambientes externos e 3 mil pessoas em ambientes fechados. 

O novo decreto com o detalhamento das restrições deve ser publicado no começo da próxima semana. 

“Novas medidas mais rígidas para o mês de fevereiro, em especial para o período referente ao carnaval, deverão ser tomadas para evitar um aumento ainda maior no número de casos e da ocupação de leitos em Sergipe”, afirmou o governador.

Como F5News mostrou nessa quinta-feira (27), a Secretaria de Estado da Saúde (SES) tem recebido indicadores que apontam o início de uma pressão maior sobre os hospitais públicos e privados, em função da alta expressiva de pacientes com quadros de síndromes gripais nas últimas semanas.

Além de avaliar os dados epidemiológicos dos 15 dias anteriores, o governo sergipano pretende levar em consideração projeções matemáticas da Universidade Federal de Sergipe (UFS), que indicam a possibilidade de um novo pico de contaminações entre os meses de março e abril, ainda que as hospitalizações e mortes não acompanhem o mesmo ritmo. 

“Graças a Deus e ao avanço da vacinação, o número de óbitos não está crescendo da mesma forma, mas não podemos correr o risco de perder o controle da pandemia no período carnavalesco, em que infelizmente muitas festas costumam ocorrer sem os devidos cuidados que o momento exige”, afirmou Belivaldo.

Desde o começo da pandemia, Sergipe acumula mais de 287 mil casos positivos da infecção causada pelo novo coronavírus, com um total de 6.081 vidas perdidas.

No Estado, mais de 3,7 milhões de doses de vacinas já foram aplicadas. Elas correspondem a uma cobertura de 78% da população com ao menos uma dose de imunizantes e 69% da população com o ciclo completo.