Inquérito sobre morte do homem encontrado na geladeira é remetido à justiça | F5 News - Sergipe Atualizado

Sergipe
Inquérito sobre morte do homem encontrado na geladeira é remetido à justiça
Mulher foi indiciada por ocultação de cadáver e maus-tratos a menor de 14 anos
Cotidiano | Por F5 News 03/10/2023 16h46


A Polícia Civil informou nesta terça-feira (3) que foi remetido à Justiça o inquérito policial sobre a morte de Celso Portella, cujo corpo foi encontrado dentro de uma mala em uma geladeira já em estado de decomposição, no bairro Suissa, em Aracaju. 

O inquérito policial foi concluído com o indiciamento por ocultação de cadáver e maus-tratos contra pessoa menor de 14 anos. A investigada pelos crimes está internada no Hospital de Custódia e Tratamento Psiquiátrico (HCTP).

De acordo com o delegado Tarcísio Tenório da Polícia Civil, o relatório das investigações foi encaminhado ao Poder Judiciário e ao Ministério Público. “No relatório, nós ratificamos o indiciamento da investigada por ocultação de cadáver e por maus-tratos a menor de 14 anos. Diante de tudo que foi apurado no decorrer das investigações, já havia nos autos fartos indícios a justificar o indiciamento”, afirmou.

Ainda conforme Tarcísio Tenório, há exames periciais sendo realizados pelo Instituto Médico Legal (IML) e pelo Instituto de Análises e Pesquisas Forenses (IAPF). “E também há pendências de alguns laudos como de local de morte pelo Instituto de Criminalística (IC). Esse conjunto de elementos, assim que nos forem remetidos, serão encaminhados à Justiça para que o Ministério Público possa formar sua opinião”, acrescentou.

O delegado ressaltou que a Polícia Civil tinha um prazo para conclusão das investigações. “Já que a pessoa investigada e indiciada se encontra no momento internada por determinação da Justiça em internação provisória. Nós, antes da conclusão da remessa deste relatório de investigações, a ouvimos novamente e ela manteve sua versão inicial, mas esclareceu pontos relacionados a como encontrou o corpo”, afirmou.

Segundo o delegado, a investigada também manteve a versão de que não praticou ato que resultasse na morte da vítima. “Ela negou ter praticado qualquer ato criminoso no sentido de tirar a vida do companheiro. No entanto, ela continuou admitindo que apenas ocultou o cadáver com receio de ser responsabilizada. Então, aguardaremos a conclusão dos trabalhos periciais, mas o inquérito já foi remetido”, disse.

O delegado também registrou que, no curso das investigações, foram ouvidas diversas pessoas entre familiares da vítima e do convívio familiar da vítima e da investigada. "A partir daí, nós conseguimos reunir as informações que foram lançadas nas conclusões do inquérito para subsidiar a apreciação do Ministério Público e do Poder Judiciário”, informa.

Tarcísio Tenório disse ainda que, independentemente das avaliações dos processos referentes à saúde mental da investigada, o inquérito encontra-se remetido à Justiça. “Já quanto à criança, ela está sob cuidados da família. O Conselho Tutelar vem acompanhando a situação da criança e todas as providências estão sendo tomadas para salvaguardar essa criança. Continuamos à disposição da Justiça e do Ministério Público”, finalizou.

Sobre Celso

O gaúcho teria 80 anos hoje e nasceu em Ijuí, na região norte do Rio Grande do Sul, mas construiu a vida em Porto Alegre, tendo se formado em direito e jornalismo. Posteriormente, ele se mudou para Sergipe para trabalhar em instituições de ensino superior privado em Estância e em Itabaiana. Ele tinha 11 irmãos e era pai de quatro filhos com os quais, segundo investigações da Polícia Civil, não tinha proximidade.  

Relembre o caso

No dia 20 de setembro foi encontrado um corpo dentro de uma mala, no interior de uma geladeira em um dos apartamentos de um edifício situado na rua Leonel Curvelo, no bairro Suissa, em Aracaju (SE). O cadáver já estava em estado de decomposição e não foi possível, naquele momento, identificar seu gênero, conforme disse na ocasião a Secretaria de Segurança Pública (SSP) de Sergipe.

A técnica de enfermagem, de 37 anos, foi detida e teve a prisão preventiva decretada. Por conta da necessidade de estabilização, a mulher foi encaminhada ao Hospital de Custódia e Tratamento Psiquiátrico de Sergipe, onde está à disposição da justiça.

Com informações da Polícia Civil.

Edição de texto: Monica Pinto
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