O motorista de aplicativo, Jefferson Adriano dos Santos, suspeito de participar de assaltos na zona sul de Aracaju, foi solto nesta quarta-feira (04). A família tem alegado que ele foi preso por engano e apontou racismo por parte da Polícia Militar de Sergipe.

Jefferson e outros dois homens foram presos no dia 23 de abril, apontados pela polícia como suspeitos de envolvimento em diversos roubos na região dos bairros Coroa do Meio e Aruana.

A Justiça converteu a prisão preventiva de Jefferson em medidas cautelares, após recusar o pedido de revogação da prisão preventiva nesta terça-feira (03).

No entanto, segundo a desembargadora Elvira de Almeida, existe o entendimento da materialidade do envolvimento do motorista nos roubos, com base nos depoimentos das vítimas e dos envolvidos.

O depoimento da vítima

A Secretaria da Segurança Pública (SSP) divulgou o depoimento da vítima de um dos assaltos em que o motorista de aplicativo é suspeito de ter participado.

A vítima relata que viu quando o carro, do modelo Renault Logan, se aproximou e, então,  dois homens desceram do veículo e o terceiro ficou sozinho esperando o crime ser cometido.

De acordo com a polícia, três vitimas, em depoimentos na Delegacia Plantonista, descreveram o mesmo modo de ação e, em nenhum momento , o motorista esboçou uma fuga.

Ainda conforme os relatos, um dos homens portava uma arma e outro estava com uma faca. Uma vítima conseguiu rastrear seu celular, que indicava que o aparelho estava no bairro Aruana. 

A versão da polícia

De acordo com a SSP, a equipe policial foi parada por mais duas pessoas que disseram terem sido vítimas de roubo e indicaram os mesmos suspeitos. Diante disso, as diligências continuaram com base nas duas informações.

Os policiais também apontaram que os suspeitos viram os agentes e, então, fugiram para uma região de matagal. Nessa fuga, um dos suspeitos teria jogado uma arma de fogo pela janela antes de parar o veículo.

Após a abordagem, foram localizados todos os celulares roubados e foi identificado que a arma era um simulacro. Além disso, foi constatado que a placa do veículo tinha sido alterada com fita isolante. 

 

 

Estagiário sob supervisão da jornalista Monica Pinto