Nesta segunda-feira (2º), um líder religioso foi preso preventivamente na capital por suspeita de violação sexual mediante fraude e estupro de vulnerável, após ser acusado de abusar sexualmente de quatro vítimas - três jovens e uma adolescente. A informação é da Secretaria de Segurança Pública de Sergipe (SSP/SE).

A detenção foi realizada pela Polícia Civil, que investigou o caso e constatou que o suspeito se aproveitava de sua imagem espiritual para cometer os crimes.

As investigações tiveram início após denúncia feita pela mãe de uma adolescente. Ao tomar conhecimento dos fatos, as equipes do Departamento de Atendimento a Grupos Vulneráveis (DAGV) iniciaram as diligências para verificar a veracidade das acusações.

Segundo a Polícia Civil, os crimes teriam ocorrido desde o ano de 2020, com a vítima mais nova começando a ser abusada aos 13 anos de idade.

A delegada Josefa Valéria, responsável pelo caso, detalhou que o líder religioso se aproveitava da fragilidade emocional das vítimas, que buscavam ajuda psicológica e crescimento espiritual.

"Ele utilizou-se do ardil para seduzir essas vítimas, dizendo que era uma entidade incorporada naquele momento que praticava os abusos e que elas se desviavam à crise para obter o crescimento espiritual", afirmou a delegada.

O investigado não confessou os crimes. "Ele não admitiu os fatos, negando ter conhecimento disso, alegando que entidades espirituais eram responsáveis ​​pelos abusos", citou Josefa Valéria.

A delegada expressou preocupação com a possibilidade de existirem outras vítimas. "Como ele é um líder religioso e continuava na instituição religiosa, na sua tenda espiritual, a gente acredita que nós podemos identificar novas vítimas", disse.

Segundo a Polícia Civil, após a prisão do líder religioso, mediante cumprimento de mandado de prisão preventiva, o DAGV pretende localizar outras possíveis vítimas e solicita que elas compareçam ao Departamento para prestar depoimento e colaborar com as investigações em curso.

O suspeito foi encaminhado para audiência de custódia, onde aguardará as decisões judiciais relativas ao caso.