Mais de 150 pessoas continuam ocupando prefeitura de Aracaju
Famílias da ocupação Nova Esperança reivindicam auxílio moradia Cotidiano 24/05/2016 14h12Da Redação
As famílias da ocupação Nasce Esperança, no bairro Santa Maria, zona Sul de Aracaju, continuam no Centro Administrativo Prefeito Aloísio Campos, na zona Oeste da capital, onde funciona a prefeitura de Aracaju (SE). A ocupação já dura mais de 24h, crianças e idosos estão em situação precária, amontoados, sem água e sem comida, disse um dos líderes do movimento, Erílio Bispo.
Eles reivindicam o direito à moradia e aguardam uma resposta do prefeito João Alves Filho. Ontem representantes das famílias foram recebidos pela secretária municipal da Família e da Assistência Social, Maria do Carmo Alves, que ficou de apresentar uma solução. “Ela nos levou até um terreno de propriedade da prefeitura, no bairro 17 de março, mas disse que ia falar com o prefeito antes de nos dar a resposta. Pelo tempo, acreditamos que ela deu pra trás”, disse o integrante do Movimento Luta Popular.
Com a reintegração de posse marcada para amanhã (25), os moradores dizem que vão resistir, caso a resposta do prefeito não seja favorável. “Não temos para onde ir, e só nos resta resistir”, disse Bispo.
Através de nota, a Secretaria Municipal da Família e da Assistência Social (Semfas) disse que na reunião com representantes do movimento e com o defensor público Alfredo Nicolau, foi informado que a Prefeitura Municipal de Aracaju já recorreu da decisão referente à concessão do auxílio-moradia às famílias da ocupação localizada no final de linha do bairro Santa Maria e obteve ganho de causa na Justiça.
“É importante que as pessoas saibam que essa ação de reintegração de posse é entre o dono do terreno (uma empresa) e as famílias. Estas famílias ocuparam um terreno particular. Eles entraram na justiça para receberem o auxílio-moradia, o Município recorreu e ganhamos a causa”, disse a senadora, informando que a Prefeitura de Aracaju gasta por mês mais de R$ 360 mil com recursos próprios apenas com o aluguel social para mais de 1200 famílias na capital sergipana, totalizando um gasto anual de mais de quatro milhões de reais apenas com a concessão do benefício, explicou a nota.
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