Movimentos sociais cobravam para manter terrenos em invasão da Barra
Área de preservação ambiental foi desocupada por determinação judicial Cotidiano 07/07/2016 18h35Por Will Rodriguez
A área de preservação ambiental que começou a ser desocupada nessa quarta-feira (6), no município da Barra dos Coqueiros (SE), foi invadida há cerca de três meses. De lá para cá, o terreno foi completamente dividido em dois mil lotes. Entretanto, os pretensos donos raramente apareciam no local e para não perder o espaço, pagavam a “vigias” de movimentos sociais.
A Frente Nacional de Lutas (FNL) e o Movimento de Homens e Mulheres Sem Teto e Sem Terra (Mhomtese), que coordenavam a ocupação, afirmaram nessa quarta que no local havia três mil famílias. Algumas delas conversaram com F5 News e afirmam que pagaram R$ 50 por um cadastro nos movimentos e uma mensalidade no mesmo valor para garantir que continuariam na terra demarcada. Os ocupantes também afirmaram que foram orientados a fazer um cadastro como produtores rurais para obter o direito de permanência no local junto ao Incra.
Nesta quinta, os coordenadores dos movimentos sociais desapareceram e muitos dos que haviam invadido o terreno agora reclamam por terem perdido a terra e o dinheiro. “Paguei R$ 50 reais do cadastro e fiquei dando mais R$ 50 por mês. Vim para cá porque foi o jeito que encontrei para deixar de pagar aluguel, e conseguir minha casa própria”, relata uma das ocupantes que pediu para ter o nome preservado.
Durante a reintegração, os movimentos chegaram a afirmar que o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) requisitou a posse das terras à Secretaria do Patrimônio da União (SPU) e já tinha obtido uma liminar suspendendo a reintegração, mas a notícia não passou de boato.
A área, com quase seis quilômetros de extensão, fica na região da Praia do Touro e pertence à União e a outros três proprietários, que ajuizaram o pedido de desocupação.
A reintegração de posse foi cumprida pela Polícia Militar (PM) que, de acordo com informações do major Deny Ricardo, deve concluir a demolição dos barracos e cercas ainda nesta quinta-feira (7).
No local, nenhum representante dos movimentos foi localizado para falar sobre o assunto.
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