Mulher que ocultou corpo de advogado em geladeira deixa hospital de custódia
A defesa da Técnica de Enfermagem ainda vai tentar o relaxamento da prisão Cotidiano | Por F5 News 16/02/2024 19h18A mulher de 37 anos, acusada de ocultar o corpo do advogado Celso Adão Portella na geladeira de um apartamento, em Aracaju, deixou o hospital de custódia e foi transferida para uma unidade prisional. A informação foi confirmada, nesta sexta-feira (16), pela Secretaria de Estado da Justiça e de Defesa do Consumidor (Sejuc).
A transferência da técnica de enfermagem para o presídio feminino de Nossa Senhora do Socorro, na Grande Aracaju, foi autorizada pela Justiça após um parecer médico do Hospital de Custódia atestar a estabilidade do seu quadro de saúde, segundo informações do portal g1.
A defesa da investigada informou que o processo criminal está suspenso enquanto ainda tramita o processo para comprovação do seu estado de sanidade mental. A defesa busca, no entanto, o relaxamento da prisão preventiva.
“Ela não tem necessidade de estar presa, porque ela não causa risco à sociedade. Ela é ré primária e não vai causar dano ao processo”, disse em entrevista ao g1.
A técnica de enfermagem estava no hospital de custódia desde setembro de 2023, quando a Polícia descobriu o corpo do advogado, com quem ela manteve um relacionamento, escondido na geladeira de um apartamento no bairro Suissa, na zona sul da capital sergipana. À Polícia, ela afirmou que o homem teria morrido em 2016, mas negou a autoria da morte.
A mulher foi indiciada por ocultação de cadáver e maus-tratos contra a filha dela, de quatro anos, que residia no imóvel onde o corpo foi encontrado
O gaúcho, que teria 80 anos se estivesse vivo, era natural de Ijuí, no Norte do Rio Grande do Sul, mas construiu a vida em Porto Alegre, tendo se formado em direito e jornalismo.
Posteriormente, ele se mudou para Sergipe para trabalhar em instituições de ensino superior privado em Estância e em Itabaiana. Ele tinha 11 irmãos e era pai de quatro filhos, que segundo investigações da Polícia Civil não eram próximos da vítima.