Paralisação da rede estadual de ensino é retomada em Sergipe
Aproximadamente 156 mil alunos estão sem aulas; Sindicato e Governo divergem Cotidiano | Por F5 News 09/05/2023 09h20 - Atualizado em 09/05/2023 09h30As aulas da rede estadual de educação voltaram a ser paralisadas nesta terça-feira (9) e devem continuar até esta quarta-feira (10), segundo o Sindicato dos Trabalhadores em Educação Básica de Sergipe (Sintese). Os servidores da rede estadual estão reunidos em frente à Assembleia Legislativa, na Praça Fausto Cardoso, no centro de Aracaju. Cerca de 156 mil alunos estão sem aulas.
O grupo tenta dialogar com os deputados para que não aprovem a proposta do Governo de reajustar o salário em 2,5%, percentual considerado uma "esmola" pelo Sindicato. O objetivo é tentar nova negociação com a gestão estadual.
Leia Também
A paralização havia sido suspensa na última quinta (4) e sexta-feira (5). Ela tinha sido iniciada primeiro no dia 26 de abril quando os professores do estado aderiram à Grave Nacional da Educação, que ocorreu em todo o país em defesa da Lei do Piso e pela revogação do Novo Ensino Médio, e depois no dia 2 de maio após o rejeitar a proposta do Governo estadual de reajustar o salário em 2,5% e incorporar R$ 100 ao valor.
No mesmo dia, a Desembargadora Elvira Maria de Almeida Silva, do TJSE, considerou a greve uma reação desproporcional, "pelo fato de que efetivamente negociações e tratativas de mesma similaridade demandam tempo para abrir caminho para a discussão das propostas salariais", e determinou a ilegalidade do movimento. Em caso de descumprimento, a medida previa a pena de multa diária ao Sindicato, cujo valor pode variar de R$ 3 mil a R$ 30 mil.
Mesmo com a decisão, o Sintese continuou com a paralisação, voltando atrás após realização de Assembleia na tarde da quarta-feira (3).
Procurada, a Secretaria de Estado da Educação (Seduc) disse que o diálogo sempre existiu com a categoria e informou que o Governo deve realizar os estudos técnicos necessários para promover avanços para os profissionais do magistério.
"A paralisação prejudica o calendário do ano letivo (que está unificado), a logística de transporte escolar nos municípios e o acolhimento aos alunos mais carentes que dependem da alimentação escolar fornecida diariamente nas escolas estaduais", diz a pasta em nota.