Uma sergipana de 52 anos que estava sendo mantida em cárcere privado em Goiás e sofrendo agressões por parte do próprio companheiro foi resgatada por policiais civis dos dois estados na última quarta-feira (29). O suspeito, um homem de 32 anos, foi preso em flagrante.

Polícia Civil/SE

O crime foi denunciado pelo filho da vítima, que informou sobre a situação na Delegacia Geral, em Aracaju.

De acordo com informações divulgadas pela Polícia Civil de Sergipe nesta sexta-feira (31), tanto a mulher quanto o agressor são naturais do município de Neópolis, na região do Baixo São Francisco de Sergipe. Contudo, o homem morava em uma propriedade rural localizada no município de Doverlândia - a cerca de 400 quilômetros da capital goiana -, onde a vítima foi encontrada com vários hematomas no corpo.

A mulher e o suspeito se conheceram por meio de uma rede social e passaram a manter um relacionamento à distância, que não era aprovado pela família da vítima. "O rapaz começou a mandar presentes para a vítima, mas o relacionamento não contava com aprovação dos filhos da mulher, que então decidiu fugir para viver com o agressor", informou a Polícia Civil.

Ainda segundo a corporação, a proposta para que os dois morassem juntos veio do próprio agressor, que, poucos dias após a mudança da vítima, passou a agredi-la de diversas maneiras. "Ele iniciou uma série de agressões físicas e verbais, além de um controle e vigilância excessiva, chegando ao extremo de determinar que a vítima somente usasse o banheiro com a porta aberta", detalhou a nota divulgada pela Polícia. O relacionamento já durava cerca de um mês.

Também foi constatado pela Polícia que o suspeito monitorava as ligações e mensagens telefônicas da vítima, especialmente quando ela tentava se comunicar com sua família em Sergipe. Contudo, esta semana a mulher aproveitou um momento de distração do companheiro e conseguiu entrar em contato com os familiares, relatando as violências sofridas.

Com isso, o filho da vítima denunciou o crime, mas não soube dar informações com exatidão, sendo necessária uma investigação conjunta entre as Polícias Civis de Sergipe e de Goiás, que levou à localização da propriedade rural do suspeito.

Uma arma de fogo foi apreendida na residência do agressor.