Usuários do transporte público reclamam de falta de ônibus nesta sexta | F5 News - Sergipe Atualizado

Sergipe
Usuários do transporte público reclamam de falta de ônibus nesta sexta
Manifestações de motoristas e cobradores interromperam oferta do serviço em Aracaju
Cotidiano | Por Emerson Esteves* 19/02/2021 20h36 - Atualizado em 19/02/2021 20h40


Os protestos de motoristas e cobradores do sistema de transporte público coletivo que paralisaram as atividades nesta sexta-feira (19), em Aracaju, causaram transtornos para os usuários que tentaram utilizar o serviço na região metropolitana da capital.  

No terminal do Campus, localizado no bairro Rosa Elze, em São Cristóvão, as pessoas que tentaram usar os ônibus para se deslocar se depararam com um terminal vazio e sem nenhuma circulação dos veículos. 

“Era para eu estar às 14h em ponto no meu trabalho e não teve ônibus pra sair daqui e agora eu tenho que ver como é que vou voltar. Eu tive que perder um dia de trabalho, que é um risco muito grande”, relata Ellen Araújo, que trabalha no setor de televendas num shopping de Aracaju. 

“Agora estou preocupada com a minha mãe que foi trabalhar de manhã. Nem avisaram nada a ela. Quero saber como é que ela vai voltar. Ela sai de lá às oito horas da noite. Como é que ela vai sair de lá pra vim pra cá? O nome disso é falta de comunicação. Só estou chateada por causa disso”, afirmou Ellen ao F5 News. 

A usuária destacou ainda estar incomodada porque não houve qualquer aviso prévio sobre essa paralisação. “Nem tenho dinheiro pra ir de Uber. Botei todo o meu dinheiro na carteirinha”, desabafou. 

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Ao contrário de Ellen, que estava indo para o trabalho, o garçom Willames dos Santos soube na volta sobre a interrupção do serviço, ficando impedido de chegar em casa. “É um constrangimento da gente voltar do trabalho e ficar no meio do caminho”, afirmou ao F5 News

No entanto, Willames concorda com a atitude dos rodoviários e ressalta a validade da paralisação.

“Eu estou de acordo com os rodoviários porque está demais. Eles estão mesmo sem receber o ticket alimentação, sem receber salário, fazendo serviço de dois, porque os cobradores foram desempregados, então eu concordo com a lei trabalhista”, reitera.

A auxiliar de classe Anne Santos saiu do conjunto Orlando Dantas, na zona Sul de Aracaju, com destino ao Rosa Elze, em São Cristóvão. Conseguiu chegar até o terminal do Campus. Porém, ela encontrou dificuldades para voltar para casa. 

“Eu vim numa loja, aqui no Rosa Elze, e tinha saído do Orlando Dantas, agora na volta, não tem mais ônibus. Saí meio dia de casa, o terminal da Rodoviária Nova estava fechado, mas aqui no Campus quando cheguei tava normal, tava aberto ainda”, afirmou Anne ao F5 News.

Para ela, restou a alternativa de utilizar um serviço de transporte alternativo para concluir seu retorno, embora tenha passado por esse transtorno, ela entende o motivo da paralisação. “Para voltar eu vou pegar um um 99. O valor tá bem mais alto, tá bem mais caro. Eu entendo, eles tem que fazer isso porque eles trabalham, eles precisam lutar pelo que é deles. Mas, é ruim porque a população fica prejudicada”, concluiu. 

Setransp diz que manifestações são ilegais 

Em nota ,o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Aracaju (Setransp) afirmou que as manifestações que fecharam as principais Avenidas e Terminais de Integração,  prejudicou a mobilidade e que ônibus foram vandalizados e bloqueados numa paralisação ilegal. 

O Setransp informou ainda na nota que “todos os esforços estão sendo movidos para que o serviço de transporte não seja ainda mais afetado, após a ação de manifestantes que participam de Assembleia com o Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Rodoviário de Aracaju (Sinttra)”.

Por fim, também afirmou não existir nenhuma pendência junto à categoria, ressaltando o cárater ilegal da manifestação: “a data base da Convenção Coletiva é 1º de março, então essa manifestação, sem qualquer prévio aviso, não tem respaldo legal".

Uma decisão do Tribunal Regional do Trabalho, deferida na noite de sexta, estabeleceu que o Sinttra e a associação dos trabalhadores “mantenham o efetivo mínimo de 70% (setenta por cento) dos trabalhadores na ativa , por se tratar de serviço essencial, sob pena de pagamento de multa em favor do sindicato suscitante de R$ 65.000,00 (sessenta e cinco mil reais) por dia de eventual descumprimento desta decisão, sem prejuízo da adoção de outras medidas que se fizerem necessárias ou mesmo sem prejuízo da responsabilização judicial do agente responsável peloeventual e indesejável descumprimento"

 

 

Edição de texto: Will Rodriguez
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