Sergipe é um dos estados com maior proporção de empreendedores no comércio
Proporcionalmente, tem ainda a segunda maior taxa de mulheres donas de empresas Economia | Por Antonio Cardoso 05/07/2022 18h45Sergipe é um dos estados com maior proporção de empreendedores no comércio. Foi o que apontou o Atlas dos Pequenos Negócios, realizado pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e divulgado nesta terça-feira (5).
De acordo com o levantamento, Sergipe tem uma média de 32% de empreendedores que trabalham no setor de comércio, ficando atrás apenas de Alagoas, com 34%.
Além disso, Sergipe apresenta a segunda maior taxa de mulheres donas de negócios do Brasil, logo atrás do Rio de Janeiro (38%) e empatando com o Distrito Federal, com 37%.
Ainda de acordo com o Atlas, considerando os Microempreendedores Individuais (MEI), que estão inscritos e em atividade, Sergipe tem a melhor média proporcional do Nordeste (83%) e a terceira maior do país, sendo a média nacional de 77%.
Recorde de novos microempreendedores
Em 2021, Sergipe apresentou um aumento de 16,1% em novos microempreendedores individuais; foram 16.715 registros ao total, um recorde nas inscrições de MEI no estado.
O número alcançado em 2021 é o maior desde que a pessoa jurídica do MEI foi criada em 2008. Com a retomada precária do mercado de trabalho, salários e cargas horárias insatisfatórias, a busca por renda formalizada está entre os fatores que explicam essa guinada mais expressiva, sobretudo nos dois últimos anos, quando se instalou a pandemia da covid-19.
No Brasil, a taxa total de Empreendedorismo passou de 20,9% para 39,3% da população adulta, entre 2002 e 2015, quase dobrando a taxa em pouco mais de uma década.
Um fator a impulsionar esse cenário foi a melhora no ambiente para empreender, por intermédio da Lei Geral das MPE, do Simples Nacional e do advento do MEI, para citar alguns exemplos. Entre 2015 e 2019, a Taxa Total de Empreendedorismo oscilou entre 36% e 39%, caindo, no entanto, em 2020 e 2021, devido à pandemia.
Uma das características dos empreendedores iniciais (os que têm até 3,5 anos de atividade), neste período mais recente, pós pandemia, foi o retorno das taxas elevadas de empreendedorismo por necessidade.
Essa taxa que apresentou tendência de queda, entre 2002 e 2014, viu o seu retorno aos patamares mais elevados de necessidade nos períodos mais recentes, nos anos de recessão (2015-2016) e de pandemia (2020 e 2021).