SMTT não tem previsão de resposta sobre planilha de custos do transporte | F5 News - Sergipe Atualizado

Grande Aracaju
SMTT não tem previsão de resposta sobre planilha de custos do transporte
Setransp mantém cobrança por medidas que socorram as finanças do setor
Economia | Por Will Rodriguez 15/02/2022 06h00


Não de hoje, você leitor, acompanha aqui no F5News o dilema vivenciado no setor do transporte público da Grande Aracaju. De um lado, trabalhadores rodoviários com salários atrasados. Do outro, empresas que operam na Região Metropolitana reclamando da queda na demanda e na ausência de subsídios do Poder Público. No meio desse imbróglio, passageiros enfrentam transtornos no serviço e o risco de vê-lo precarizado como há alguns anos.

A conta não é tão simples. Embora as empresas enfrentem uma redução na arrecadação, para quem utiliza o serviço, a passagem passou a ter um peso considerável no orçamento, em função da perda de poder aquisitivo diante da disparada da inflação. Em janeiro, o IPCA do segmento de transportes na capital sergipana avançou 0,25%.

No começo do ano, o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Aracaju (Setransp) enviou a planilha de custo tarifário para avaliação da Superintendência Municipal de Transporte e Trânsito de Aracaju (SMTT), atual gestora do sistema que atende cerca de 100 mil pessoas diariamente.

Nela, constam cálculos com a projeção da tarifa considerada necessária pelas empresas. Cabe à administração municipal conceder ou não a revisão. Os órgãos não divulgam os dados contidos no documento.

Ao F5News, a SMTT disse não haver previsão de quando o pleito do setor será respondido. 

Como o portal mostrou ao final do ano passado, o arrocho nas contas tem penalizado uma parcela dos mais de 3 mil trabalhadores que atuam nas empresas do sistema de transporte público.

Sem reajuste nas passagens desde 2018, além de atrasos salariais, algumas das operadoras têm feito demissões em massa. Só este ano, três paralisações já foram realizadas pelos rodoviários.

Além do aumento nas passagens, o Setransp aponta outras medidas para atenuar os impactos financeiros, dentre elas a redução ou isenção do ICMS do diesel que, junto com a mão-de-obra, equivale a quase 70% do custo da prestação de serviço; o subsídio às gratuidades que em sua totalidade não apresentam fonte de custeio e  a criação de taxas para o transporte individual. 

“O Setransp vem buscando apoio junto às autoridades públicas e, no momento, aguarda o andamento de uma tratativa com o Governo do Estado quanto ao estudo realizado sobre redução ou isenção de um dos impostos, e outras alternativas de socorro, como aporte extra tarifário do Município, para ajudar o serviço de transporte público coletivo que é um direito social”, afirma a entidade que representa as empresas do setor. 

A esperança do prefeito de Aracaju, Edvaldo Nogueira (PDT), está na aprovação de um projeto em tramitação no Senado Federal, que prevê a destinação de recursos federais para garantir a gratuidade de pessoas acima de 65 anos. A matéria deve ser discutida pela Casa na quarta-feira (16) e pode garantir um aporte de R$ 5 milhões aos estados e municípios.

“Com esta proposta aprovada pelo Congresso, nós evitaremos o aumento da tarifa do transporte coletivo e será uma saída para a grave crise que o setor enfrenta”, defende Edvaldo Nogueira.

Edição de texto: Monica Pinto
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