Por Joedson Telles

Petista defende candidatura de Jackson e aceita João Alves no palanque

Veja o que disse a deputada estadual petista Conceição Vieira, indagada sobre a possibilidade de, em 2014, o candidato a governador do Estado, representando o grupo liderado pelo governador Marcelo Déda, ter em seu palanque o reforço do prefeito de Aracaju, o democrata João Alves Filho - que, certamente, levaria na carona, pelo menos, a senadora Maria do Carmo (DEM), o deputado federal Mendonça Prado (DEM) e o vive-prefeito tucano com história no antigo PFL, José Carlos Machado:

“Quem quiser nos apoiar é importante, mas não para dizer veio porque quis e humilhar. Se tem perspectiva de ganho entre este projeto e o outro, e a terceira via, que pode ser qualquer um agrupamento, compreender que este projeto (agrupamento de Déda) é melhor e vem para ele, é importante. A gente deve agradecer. É  natural. Temos um visão de mundo e sociedade e devemos permanecer nela. Se pessoas que tinham outro jeito de pensar entenderem que devem colaborar com esta visão para somar, devemos acolher, sendo o projeto do partido”, explicou Conceição.

Conceição assegurou, entretanto, que o fato de Déda e João terem sentado à mesa para discutir o Proinveste não significa que tenham feito uma aliança para as eleições de 2014, como existe a especulação no meio político. “Houve um crescimento, acerto dos dois lados quando discutiu Proinveste. Mas isso não quer dizer que exista um compromisso para a eleição de governador. Cada um no seu espaço está compreendendo que pode desenvolver melhor Aracaju. E também é cedo para falar nisso”, acredita.

Segundo Conceição Vieira, o que também provoca as especulações é o fato de anteriormente apenas dois grupos (um liderado por Déda e outro por João) disputarem a hegemonia da política sergipana. Hoje, com a ascensão do grupo liderado pelos irmãos Edvan e Eduardo Amorim, a deputada reconhece uma terceira força política em Sergipe. “Então fica este negócio de sempre se querer novidade: ‘vão ficar três grupos mesmo? Vamos disputar com três? Quais dos dois estão conversado mais, que é para a gente conversar um novo assunto, uma nova fofoca. Então, fica essa disputa. Estamos vivendo um processo democrático de construção”, disse.

A deputada do PT, que está sendo cotada para liderar a bancada do governador Marcelo Déda na Assembleia, afirmou também que, na sua ótica, o candidato natural do agrupamento é o vice-governador Jackson Barreto (PMDB). “Pelo que vejo no partido e na minha opinião, o candidato é o vice-governador Jackson Barreto”, garantiu. Provocada sobre uma possível candidatura de um dos membros do PT, Conceição disse que tem que ser algo muito forte para vetar JB. “Poderá não ser Jackson, porque a política, já se diz, é como as nuvens: muda de posição a cada instante. Às vezes você estar muito bem e comete qualquer coisa em momento tal, a gente passa a ficar fragilizado para concorrer a determinada função. Uma conjuntura que não depende de nós pessoalmente. Mas do agrupamento pode nos fragilizar. Mas, tirando estas coisas, que podem ou não surgir, se as eleições fossem hoje, o nome seria Jackson Barreto”, ratificou.

Provocada sobre a possibilidade de o senador Antônio Carlos Valadares (PSB) ser o candidato, Conceição Vieira respondeu que há muita especulação sobre 2014. “É isso que eu digo: o povo fica procurando uma fofoquinha para poder aproximar um grupo do outro, e fazer o diálogo para a política continuar viva. Uma hora diz que o PT vai se juntar com João Alves. Outra hora é dizer que Valadares vai romper com o PT. Tem gente com muita sede de ver o PT ruído, diminuído nos seus quadros partidários e de aliados. Há outros interesses, mas o grupo está tranquilo. Só sei que temos vários nomes, enquanto os outros grupos só têm um nome para tudo”, alfinetou.