Os policiais militares, civis e bombeiros militares de Sergipe foram recebidos na manhã desta quarta-feira (26) pelo secretário de Estado da Segurança Pública (SSP), João Eloy. As categorias vêm buscando diálogo com a gestão desde o início do ano, com a realização de paralisações e atos, nos quais reivindicam recomposição inflacionária e a reestruturação da carreira. 

Após manifestação realizada na tarde de terça-feira (25), na qual representantes dessas categorias caminharam até a praça da Bandeira, em Aracaju, e depois se dirigiram até a sede da SSP, no bairro São José, o secretário se posicionou informando que iria receber as lideranças. 

Os policiais também realizaram uma assembleia geral do movimento Polícia Unida na tarde de ontem (25), onde foi aprovado em pauta a ratificação “do compromisso das diretorias dos sindicatos e associações que compõem o movimento a só aceitar uma proposta que seja igual para todos policiais e bombeiros, ativos e inativos”.

As categorias esperam que as reivindicações sejam atendidas, dentre as quais regulamentação do adicional de periculosidade; recomposição das perdas inflacionárias que se acumulam há 10 anos e reestruturação das carreiras.

"Na reunião, o secretário reafirmou mais uma vez que os projetos estão sendo discutidos junto à Secretaria de Estado da Administração (Sead) para verificar o impacto financeiro e também junto à Procuradoria Geral do Estado (PGE) para verificar procedimentos legais. Depois o projeto será apreciado pelo governador do estado e será apresentado na mesa de  negociações", disse em nota a SSP-SE.

Conforme publicado em F5News, o governador Belivaldo Chagas está discutindo internamente a criação de um projeto de lei para as categorias. Ao tomarem conhecimento sobre a matéria, o Movimento Unidas chegou a divulgar uma carta aberta sinalizando insatisfação com o posicionamento do governo e reforça que “as categorias cobram que este (projeto) seja construído com a participação dos policiais”.

“Noticiou-se que o governador deu carta branca ao secretário de Segurança. É preciso que o secretário use essa carta de forma democrática, franqueando à categoria, através de seus representantes, a discussão e elaboração dos projetos. Os policiais e bombeiros não aceitarão projetos unilaterais entalados”, disse o presidente da Associação dos Delegados de Polícia de Sergipe, Isaque Cangussu. 

 

*Texto atualizado 13h08 para acréscimos.